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Ministério da Defesa restringe uso do ar-condicionado e recomenda racionalizar produção de café para economizar energia elétrica

Por Redação em 09/11/2021 às 09:09:32

Portaria, publicada no Diário Oficial da União (DOU), entra em vigor nesta terça-feira (9). Medidas devem ser implementadas no edifício-sede e no anexo do bloco 'O', em Brasília.


O Ministério da Defesa publicou, nesta terça-feira (9), portaria com uma série de medidas para economia de energia no edifício-sede do órgão e no anexo do bloco "O", em Brasília. Na norma, constam ações como desligamento de chuveiros, restrição para uso do ar-condicionado e até racionalização da produção de café (veja detalhes abaixo).

A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). O texto segue diretrizes de um decreto que entrou em vigor no dia 25 de agosto deste ano, que visa economia de 10% a 20% no consumo de energia, até abril de 2022.

De forma imediata, o Ministério da Defesa adotou as seguintes medidas:

Redução do número de elevadores em operação, de seis para cinco no saguão principal do bloco "Q", e de três para dois no anexo do bloco "O";

Desligamento dos circuitos dos chuveiros dos vestiários da administração central do ministério, exceto dos alojamentos da guarnição de serviço;

Restrição do funcionamento dos aparelhos de ar-condicionado no período entre 9h30 e 17h, com limitação de temperatura de 24°C;

Intensificar controle da temperatura de câmaras frigoríficas e salas dos centros de processamentos de dados;

Configurar computadores para desligar o monitor automaticamente após 15 minutos sem uso.

Portanto, servidores e terceirizados deverão cumprir as regras a partir desta terça-feira. No caso do ar-condicionado, a temperatura deve ser limitada aos 24°C. Na capital, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que os termômetros variem entre 19°C e 25°C ao longo do dia.

Ao todo, segundo o Portal da Transparência do governo federal, o Ministério da Defesa tem 1.068.583 servidores civis e militares em exercício. Entretanto, o site não detalha quantos trabalham no edifício-sede e no anexo "O". O g1 pediu o detalhamento para a pasta, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Ações permanentes e recomendações

O Ministério da Defesa ainda vai implementar medidas permanentes para redução do consumo de energia no órgão. Uma delas é a substituição gradual da iluminação dos ambientes por outras mais econômicas, de preferência do tipo light emitting diode (LED).

Além disso, o órgão deve adquirir, "quando possível", apenas equipamentos consumidores de eletricidade com a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) ou que estejam dentro de uma portaria do Inmetro.

O ministério também fez uma série de orientações aos militares, servidores e terceirizados que trabalham no edifício-sede da administração central e no anexo do bloco "O", como racionalizar a produção de café por meio de máquinas industriais e o aquecimento de água por meio de ebulidor elétrico. Os funcionários também deverão:

Desligar os aparelhos de ar-condicionado individuais quando o ambiente estiver desocupado;

Priorizar ventilação natural nos momentos do dia com temperatura mais amenas;

Manter portas e janelas fechadas quando usar o ar condicionado;

Desligar o ar condicionado 15 minutos antes de sair do local de trabalho;

Apagar luzes quando não estiver no ambiente e priorizar iluminação natural;

Priorizar uso de escadas;

Desligar monitores do computador quando precisar se ausentar, inclusive durante o intervalo.

Crise hídrica

O Brasil enfrenta a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. Os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, que respondem por 70% da geração de energia do país, estão com 23% da capacidade de armazenamento, nível menor que o registrado em agosto de 2001, quando o país enfrentou racionamento de energia.

Este mês, quando começa o período chuvoso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste vão chegar a 18,7% da capacidade. Para preservar água nos reservatórios das hidrelétricas, o governo vem acionando as usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes.

Entenda as bandeiras tarifárias


Entenda as bandeiras tarifárias — Foto: G1

Conta de luz mais cara

Além disso, para contornar o problema, em setembro, entrou em vigor a bandeira tarifária "escassez hídrica", que adicionou R$ 14,20 às faturas para cada 100 kW/h consumidos. (veja imagem acima). Por exemplo, uma casa que consuma 300 kW/h deverá pagar taxa extra de R$ 42,60. Com o valor cobrado na bandeira anterior, o total seria de R$ 28,47, ou seja, houve aumento de 49,63% em relação à tarifa passada.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a previsão é de que a nova bandeira permaneça em vigor até 30 de abril do próximo ano. Na prática, as contas de luz ficaram 6,78% mais caras na tarifa média da conta de luz dos consumidores atendidos pelas distribuidoras.



Fonte: G1

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