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Governo mapeia votação e vai segurar emendas de deputados

Por Redação em 04/11/2021 às 09:01:38
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara

Texto-base da proposta que permite ao governo driblar teto de gastos foi aprovado em 1Âș turno pela Câmara na madrugada desta quinta-feira (4).


Após a votação em primeiro turno da PEC dos Precatórios nesta madrugada, o governo jĂĄ mapeia os deputados que não apoiaram a proposta e promete retaliação ao segurar o pagamento de emendas a esses parlamentares. Segundo o blog apurou, o principal alvo, nas contas iniciais do governo, é o MDB.

Nas palavras de um interlocutor do governo, o Planalto usou a votação para "testar a base" e vai "segurar" as emendas de deputados que estavam negociando votar com o governo, mas que não apareceram ou votaram contra.

Arthur Lira fala sobre aprovação em 1Âș turno do texto-base da PEC dos Precatórios

O governo estĂĄ dedicado nesta manhã a mapear caso a caso e fazendo a conta de quantos milhões vai segurar em liberação de emendas como retaliação a esses "infiéis". Em um desses casos, um interlocutor do presidente Bolsonaro relatou ao blog que o governo não conseguiu localizar deputados da base aliada ontem à noite, como do próprio PP, pois teriam desligado o celular e ficado incomunicĂĄveis. Na versão do governo, esses deputados estavam pressionados por aliados em suas bases eleitorais que fazem oposição ao presidente Bolsonaro. Divididos entre a base eleitoral e a fidelidade ao Executivo, teriam optado por ficar incomunicĂĄveis e, assim, não apareceram para votar.

O governo reconhece que só conseguiu aprovar a PEC em primeiro turno porque, além de contar voto a voto, teve votos de deputados de partidos de oposição, como o PDT. Mesmo assim, o governo sabia que a conta era apertada e assumiu o risco de ser derrotado pois tem, de fato, um plano B: a extensão do auxĂ­lio emergencial.

A votação no primeiro turno foi apertada, com 312 dos 308 votos necessĂĄrios para a aprovação da proposta. O Planalto quer que Arthur Lira (PP-AL) deixe para votar o segundo turno da PEC na semana que vem, argumentando que muitos parlamentares jĂĄ deixaram BrasĂ­lia.

Para a votação de segundo turno, o governo espera pressionar parlamentares com o pagamento das emendas parlamentares, recursos que deputados e senadores destinam a suas bases eleitorais. Em ano eleitoral, esse recurso é ainda mais importante, pois amplia o capital polĂ­tico do parlamentar.

O governo não crĂȘ em derrota da PEC dos Precatórios se a proposta passar em segundo turno na Câmara, apesar de ter dificuldades no Senado Federal.

O governo espera a aprovação da proposta para colocar em prĂĄtica o novo Bolsa FamĂ­lia, o AuxĂ­lio Brasil, programa que o governo quer transformar em principal vitrine de reeleição do presidente Bolsonaro.

Fonte: G1

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