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'Foram duas horas de dor intensa', diz adolescente atacado por arraia em rio do Tocantins

Por Redação em 30/10/2021 às 20:52:19
Esse ano, três pessoas atacadas em Palmas e Araguatins acionaram o Corpo de Bombeiros. Especialistas explicam que vítimas devem ser socorridas imediatamente por causa de toxina que causa infecção e pode levar a necrose. Ataques de arraias voltam a ser registrados em banhistas no Tocantins

O adolescente João Pedro Santos, de 16 anos, foi uma das vítimas de ataques de arraias no Tocantins esse ano. Ele estava aproveitando o rio Araguaia, no norte do estado, quando sentiu o ferrão do animal. Casos como esse voltaram a ser registrados em praias de água doce no estado. O recomendado é procurar atendimento médico imediatamente.

"Foram mais ou menos duas horas com dor intensa, aquela dor não parava. Foi uma experiência que não é muito boa não", disse o menor.

No momento do acidente, a família de João Pedro ficou preocupada. "Foi uma aflição para todos nós. Inclusive, eu não estava no momento. A gente estava pescando de canoa nas margens do rio Araguaia. Aí os meninos ficaram desesperados", disse a mãe do garoto, Dina Pereira.

Segundo dados do Corpo de Bombeiros, no ano passado foram registrados dois ataques em Araguatins e um na capital. Já nesse ano, foram mais dois casos: sendo um em Palmas e o outro também em Araguatins.

Bombeiros voltam a registrar ataques de arraias no Tocantins

Reprodução/TV Anhanguera

O sargento do Corpo de Bombeiros, Raphael Mollo, afirma que alguns cuidados na hora de entrar na água podem evitar as ferroadas.

"O que nós recomendamos é que quando entrar na água, já entre arrastando os pés para que se encostar na borda dela, ela foge, não corre o risco do cidadão pisar em cima do dorso dela, que vai causar a reação".

O cuidado deve ser constante. Isso porque, mesmo com o período chuvoso, o calor é predominante no Tocantins e as praias de água doce ficam lotadas. A professora de biologia Lanuze Fabielly Tavares diz que alguns comportamentos podem atrair esses animais.

"A arraia, como ela abita no fundo do rio, ela tem a boca ventral, a boca fica para baixo. Então, isso facilita a alimentação dela de pequenos invertebrados, moluscos e crustáceos. Só que na época de praia ou quando as pessoas costumam ir mais por causa do calor, elas acabam deixando restos de comida", ressaltou.

O ferrão delas é bem característico, entra fácil e sai com dificuldade, além disso possui uma toxina que causa uma dor intensa.

"Ao redor do ferrão, também tem tecidos que liberam muco. Nesse muco tem toxinas que causam inflamação e infecção nos seres humanos. Podem, inclusive, causar a morte do tecido, o que a gente chama de necrose".

Por isso a orientação é procurar o quanto antes atendimento de profissionais da saúde.

"Após o ataque, a toxina deixada pelo ferrão começa a fazer efeito, a dor aumenta e dependendo do tempo de demora para fazer o tratamento, pode causar infecção no local e trazer uma consequência pior a quem foi atacado pelo animal", argumentou o sargento do Corpo de Bombeiros.

Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

Fonte: G1

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