Saiba o que fazer e o que evitar para tornar sua escalada no mundo dos investimentos mais segura e com menos armadilhas

Se você está pensando em investir para criar sua reserva financeira, aumentar seu patrimônio ou garantir uma aposentadoria tranquila, parabéns: você está no caminho certo. Você sabe quais são os passos para tornar essa trilha mais segura e aprender a superar os obstáculos? Do mesmo jeito que alpinistas se prepararam muito para chegar ao topo de uma montanha, para conquistar sua independência financeira ou dar passos largos em direção a ela, você precisa mesmo é de conhecimento e equilíbrio emocional. Assim, você conta menos com a sorte e mais com seu planejamento, aumentando as suas chances de terminar essa jornada bem melhor do que começou em todos os sentidos e com a vista que sempre sonhou.

Seu trava-quedas: o Fundo Garantidor de Créditos

No alpinismo, quando tudo dá errado e acontece uma queda, ainda existe como recurso final o trava-quedas: um equipamento de segurança que trava a corda do atleta e evita que ele sofra algum impacto no solo. No mundo das finanças, os investidores têm algo parecido quando tudo dá errado e a instituição financeira em que investiu - banco, companhia hipotecária, sociedade de crédito, entre outras - tem dificuldade de honrar seus compromissos: o Fundo Garantidor de Créditos, ou FGC. Criado em 1995 por uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), ele nasceu como fundo de garantia de depósitos para dar estabilidade ao sistema financeiro. Na prática, se a instituição que gerencia seus investimentos quebrar e não te der condições de resgatar o dinheiro investido, o FGC faz o pagamento, respeitando o limite de R$250 mil, somando o valor investido e seus rendimentos. Mas atenção: nem todos os investimentos são cobertos por ele. Assim, antes de começar a subida, é bom avaliar se quer ir com ou sem o seu trava-quedas. Atualmente, segundo o site da instituição, os investimentos cobertos por ele são: poupança, CDB, RDB, LC, LCI e LCA. Já os Fundos de Investimentos, Fundos de Previdência, Letras Financeiras, Letras Imobiliárias Garantidas, Capitalizações e Ações não são reembolsáveis. Equipamento preparado? Então confira agora outras dicas importantes para ter sucesso na sua empreitada.

O que fazer:

1. Descubra seu perfil de investimento

Você investe com cautela, equilíbrio ou aventura? Investir conhecendo o seu grau de tolerância ao risco dá a dimensão exata da altura que você tem condições de escalar.

2. Informe-se sobre tudo

Quanto mais você souber do mercado, do desempenho das empresas de capital aberto, das tendências econômicas e dos detalhes dos produtos, mais completo será o seu mapa na hora da subida.

3. Conheça a reputação do seu gestor de investimentos

Confiar seu dinheiro a uma instituição é o mesmo que escolher a competência do seu guia. Quanto mais experiência, treinamento, capacidade técnica e atenção a você ele tiver, mais segurança você tem.

4. Tenha metas financeiras

Uma das maiores motivações que você tem pra continuar sua jornada é saber para onde está indo. Estabeleça metas para cada real investido considerando o curto, médio e longo prazo e acompanhe seu progresso. É endorfina pura!

5. Diversifique seus investimentos

Assim como suas metas são diferentes, os produtos que você usa pra alcançá-las também precisam ter níveis de rentabilidade, liquidez e segurança diferentes. Variar as estratégias te faz chegar mais longe.

O que não fazer:

1. Poupar para a reserva de emergência quando você está com dívidas

Não espere a situação piorar para usar seu equipamento de segurança. Se você está com saldo devedor, use o dinheiro para limpar logo a sua barra. Só depois comece a poupar.

2. Desconsiderar seu momento de vida

Se você é idoso, é hora de curtir a vida, não de investir em previdência privada ou produtos com liquidez de longo prazo. Aproveite o seu hoje com produtos de retornos mais imediatos e curta a paisagem.

3. Achar que dinheiro fácil existe de verdade

Mantra: no mundo dos investimentos não existe retorno garantido, risco zero, rentabilidade estratosférica em pouco tempo ou resultado sem trabalho. Assim como um atleta não nasce pronto, o dinheiro não se multiplica da noite para o dia.

4. Criar reserva de emergência com produtos de baixa liquidez

Se a emergência vier, você precisa de dinheiro rápido na mão. De preferência no mesmo dia. Isso simplesmente não acontece com produtos de baixa liquidez. É o mesmo que precisar de água durante a escalada e só ter uma garrafa na base da montanha.

5. Tomar decisões financeiras a partir de opiniões de terceiros

Pedir conselho é bom, mas decidir como investir é sua responsabilidade, afinal, ganhando ou perdendo, é do seu bolso que estamos falando. Faça aquilo em que acredita porque, no final da caminhada, as bolhas nos pés e as conquistas vão ser somente suas.

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Infográfico - Inteligência Financeira