Com a filiação do presidente do Senado, partido passa a contar com 12 senadores, a segunda maior bancada da Casa. Ato de filiação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao PSD
Luiz Felipe Barbiéri/g1
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se filiou nesta quarta-feira (27) ao PSD, partido do ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.
O partido quer lançar Pacheco ao Palácio do Planalto nas eleições de 2022. Em nota, o partido já disse que Kassab defende o nome do presidente do Senado para disputar o comando do Palácio do Planalto.
Pacheco era do DEM, legenda que aprovou a fusão com o PSL, partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro foi eleito em 2018.
O presidente do Senado foi eleito deputado federal em 2014 pelo MDB. Em 2018, quando se elegeu senador, foi para o DEM.
Agora, com a sua filiação ao PSD, o partido passa a contar com os três senadores na bancada de Minas Gerais (Antonio Anastasia, Carlos Viana e Pacheco) e, no total, 12 senadores, a segunda maior bancada da Casa.
A cerimônia de filiação foi realizada nesta manhã no memorial Juscelino Kubitschek em Brasília.
A escolha do local, segundo o partido, é uma referência a semelhanças políticas entre o ex-presidente Juscelino Kubistchek (1956-1961) e Pacheco.
Participaram do ato de filiação, entre outros, os governadores do Paraná, Ratinho Júnior, de Sergipe, Belivaldo Chagas, os prefeitos de Belo Horizonte (MG), Alexandre Kalil, e de Campo Grande (MS), Marquinhos Trad (MS), além de parlamentares do partido e de outras legendas, como os senadores Davi Alcolumbre (DEM) e Daniella Ribeiro (PP-PB).
A cerimônia contou com 300 convidados sentados, mas o auditório estava lotado
Discursos
O ato foi marcado por discursos de parlamentares e filiados aos partidos. Em sua fala, o governador Ratinho Junior disse que o PSD “tem se consolidado como um partido de equilíbrio”.
“Em meio a briga dos extremos, o PSD é fundamental para que esse equilíbrio, que é o estilo do partido, estilo do presidente Kassab e estilo do presidente do Congresso Nacional, possa se consolidar e apontar um futuro melhor aos brasileiros”, afirmou.
Sem citar a provável candidatura à presidência de Pacheco, o senador Antonio Anastasia (PSD-MG) disse que o partidos deposita nos ombros do senador a “esperança” dos brasileiros.
Quem será que no futuro próximo levará os ideais de Juscelino à Presidência da República, para devolver a pacificação, o equilíbrio, o desenvolvimento, o emprego aos brasileiros? JK denominou Brasília a capital da esperança e é exatamente essa esperança senador Pacheco, que depositamos nos seus ombros altaneiros como as montanhas de Minas. exatamente essa esperança que está no coração dos brasileiros”, afirmou.