Polícia Federal foi às ruas cumprir mandados de busca e apreensão em endereços da empresa Precisa Medicamentos. CPI quer documentos sobre a negociação da vacina indiana Covaxin, suspeita de irregularidades. A CPI da Covid pediu buscas também no Ministério da Saúde na operação da Polícia Federal desta sexta-feira (17), mas a Procuradoria-Geral da União opinou contra, e o pedido acabou negado.
A PF saiu às ruas nesta manhã para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços da empresa Precisa Medicamentos. A operação foi pedida pela CPI e autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli.
Precisa Medicamentos é alvo de operação da PF em São Paulo
A CPI quer documentos sobre a negociação da vacina indiana Covaxin. A Precisa, que intermediou a o contrato de compra entre o laboratório indiano Bharat Biotech e o governo federal, é investigada por supostas irregularidades no acordo.
Ao pedir buscas também no Ministério da Saúde, a CPI queria especialmente documentos do departamento de Logística da pasta. O ex-diretor da área, Roberto Dias, foi demitido após denúncias sobre eventuais ilicitudes na atuação na compra de vacinas.
A PGR, no entanto, entendeu que buscas no ministério poderiam comprometer informações "sigilosas e sensíveis" que não fazem parte do escopo da CPI.
"Se deferida a medida em tela, de forma precipitada, informações sensíveis e sigilosas, que não dizem respeito ao objeto da CPI, podem ser indevidamente capturadas, e prejudicar o interesse público da função exercida naquele ministério", escreveu a procuradoria.
Segundo os senadores, a CPI requisitou à Precisa todos os contratos firmados com a Bharat Biotech, inclusive aqueles que têm cláusula de confidencialidade, e também o contrato firmado entre a empresa e o laboratório indiano. Mas a CPI disse ter recebido apenas o memorando de entendimentos.