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Anvisa interdita lotes da vacina CoronaVac

Por Redação em 04/09/2021 às 17:34:12

A AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) determinou hoje (4) a interdição cautelar de lotes da CoronaVac, proibindo a distribuição e uso de lotes que foram envasados em uma fĂĄbrica não aprovada na autorização de uso emergencial da vacina.

Em nota, a agĂȘncia explicou que, nesse caso, "configura-se em produto não regularizado junto à Anvisa", necessitando de atuação imediata para "mitigar um possĂ­vel risco sanitĂĄrio" à população.

A medida foi publicada neste sĂĄbado em edição extra do DiĂĄrio Oficial da União.

Butantan

Também em nota, o Instituto Butantan, que distribui a vacina no Brasil, esclareceu que a medida da Anvisa "não deve causar alarmismo". "Foi o próprio instituto que, por compromisso com a transparĂȘncia e por extrema precaução, comunicou o fato à agĂȘncia, após atestar a qualidade das doses recebidas. Isso garante que os imunizantes são seguros para a população", explicou.

De acordo com a Anvisa, o Instituto Butantan informou, ontem (3), que o laboratório chinĂȘs Sinovac, fabricante da CoronaVac, enviou ao Brasil vacinas envasadas em uma unidade que não foi inspecionada, nem aprovada pela agĂȘncia brasileira. São 25 lotes com um total de 12.113.934 de doses do imunizante. Outros 17 lotes envasados no mesmo local, com 9 milhões de doses, estão em tramitação de envio e liberação ao Brasil.

A interdição cautelar tem o prazo de 90 dias. A Anvisa informou que, durante esse perĂ­odo, "trabalharĂĄ na avaliação das condições de boas prĂĄticas de fabricação da planta fabril não aprovada, no potencial impacto dessa alteração de local nos requisitos de qualidade, segurança e eficĂĄcia, e do eventual impacto para as pessoas que foram vacinadas com esse lote".

Até o momento, segundo a agĂȘncia, não hĂĄ relatórios de inspeção emitidos por outras autoridades de referĂȘncia, como o Esquema de Cooperação em Inspeção FarmacĂȘutica (PIC/S) e a Organização Mundial de SaĂșde (OMS).

Certificação

Além disso, o Instituto Butantan deve regularizar o novo local na cadeia de fabricação da vacina. O órgão informou que, hĂĄ 15 dias, encaminhou à Anvisa toda a documentação necessĂĄria para a certificação do processo de produção em que foram feitas as referidas doses. "Por isso, tem convicção que ela serĂĄ concedida em breve. Caso necessĂĄrio, pode complementar a solicitação com mais dados, inclusive da Sinovac, caso a agĂȘncia julgue necessĂĄrio", explicou, reafirmando que todas as doses estão atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan.

A Anvisa esclareceu que, na autorização de uso emergencial do imunizante, aprovada em 17 de janeiro deste ano, consta que as vacinas devem ser "importadas prontas da Sinovac, ou o granel da vacina formulada e esteril, sendo importado da Sinovac para envase e acondicionamento no Instituto Butantan. Entretanto, eventuais alterac?o?es nestas configurac?o?es devem passar por nova analise das areas tecnicas da Anvisa".

Fonte: EBC

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