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ExĂ©rcito diz ao STF que não hĂĄ interesse pĂșblico em processo que livrou Pazuello de punição

Por Redação em 28/06/2021 às 14:00:47
Comando diz que eventual acesso aos dados pode fragilizar liderança, e que não houve transgressão disciplinar do general e ex-ministro que participou de ato com Bolsonaro. O comando do Exército afirmou nesta segunda-feira (28) ao Supremo Tribunal Federal que "não existe absolutamente interesse pĂșblico" que justifique dar publicidade ao processo disciplinar que livrou o ex-ministro Eduardo Pazuello de punição após participar de ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

O Exército prestou informações ao STF por determinação da ministra CĂĄrmen LĂșcia, relatora de uma ação que questiona a imposição de sigilo de 100 anos nos dados do processo disciplinar.

Ao Supremo, o Exército afirmou que o processo de Pazuello é uma questão interna.

"Não existe absolutamente interesse pĂșblico patente, a motivar acesso às informações extraĂ­das de referido processo administrativo disciplinar, o qual regulam unicamente uma relação personalĂ­ssima entre um militar e seu comandante, em que se analisa se o subordinado transgrediu ou não uma norma castrense".

No inĂ­cio do mĂȘs, o comando do Exército anunciou que não puniria o ex-ministro da SaĂșde, que é general da ativa. Um procedimento interno apurava se Eduardo Pazuello tinha cometido transgressão militar ao participar de um ato polĂ­tico de apoio ao presidente Bolsonaro em 23 de maio, no Rio.

Exército impõe 100 anos de sigilo para processo de Pazuello

Sem mĂĄscara, Pazuello acompanhou um passeio de moto de apoiadores do governo, subiu com Bolsonaro no carro de som usado como palanque e falou ao microfone, saudando os apoiadores.

Em nota, o comandante do Exército Paulo Sergio Nogueira de Oliveira analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo general Eduardo Pazuello.

Segundo a nota, não restou caracterizada a prĂĄtica de transgressão disciplinar por parte do general Pazuello. Em consequĂȘncia, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado.

Decisão do Exército de não punir Pazuello por ato com Bolsonaro gerou crĂ­ticas

Risco de 'interferĂȘncia polĂ­tica', diz Exército

O documento enviado pelo Exércto ao STF afirma que "permitir esse acesso à informação relativa à gestão interna de uma instituição equivale a tornĂĄ-la vulnerĂĄvel a qualquer interferĂȘncia polĂ­tica e externa, fragilizando a liderança da autoridade constituĂ­da".

O Exército defendeu que a restrição de acesso se justifica porque a ação no Supremo foi proposta por PT, PCdoB, PSOL e PDT, o que mostra que é um pedido de cunho essencialmente polĂ­tico.

"Não caracterizando o interesse pĂșblico geral e preponderante, jĂĄ que acesso a dados pessoais apenas serĂĄ autorizado quando indispensĂĄvel para a defesa judicial ou administrativa, não se verificando tal essencialidade no presente caso".

A força afirma ainda que "não houve qualquer classificação de documentos, apenas o atendimento aos preceitos legais vigentes, conduta tradicionalmente adotada pela instituição" e que não hĂĄ ligação dos fatos com a gestão de Pazuello à frente do Ministério da SaĂșde.

Fonte: G1

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