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Assassinato

Funcionários do Médicos Sem Fronteiras são assassinados em região de conflito na Etiópia


Três funcionários da organização internacional Médicos Sem Fronteiras foram assassinados na região de Tigré, na Etiópia, na última quinta-feira, 24. A informação foi confirmada em nota de pesar divulgada pela própria organização nas redes sociais nesta sexta-feira, 25. Segundo o MSF, o grupo contava com uma coordenadora de emergência identificada como Maria Hernadez, natural da Espanha, um assistente de coordenação chamado Yohannes Haleform e um motorista, identificado como Tedros Gebremariam Gebremichael, ambos nascidos na Etiópia. Eles trafegavam pela região de Tigré quando perderam todos os tipos de contato. Equipes foram enviadas para a região na qual eles foram vistos pela última vez para procurá-los e os três corpos foram achados ao lado do veículo usado pelo grupo.


O local no qual os corpos foram encontrados não foi detalhado pela organização. “Nenhuma palavra pode expressar a nossa tristeza, choque e ultraje diante de um ataque tão horrível ou aliviar a perda e o sofrimento sentido pelas famílias e amigos, a quem estendemos nossas mais profundas condolências”, afirma trecho da nota. As mortes ocorrem pouco mais de dois dias depois de um atentado a um mercado na mesma região, que deixou mais de 60 pessoas mortas e dezenas de feridos. Mais de um dia depois do crime, o Exército do país afirmou que as bombas tinham sido jogadas pela Força Nacional e disse que todos os mortos no ataque eram “rebeldes vestidos de civis”. Responsáveis pelos primeiros-socorros das vítimas narraram a agências internacionais que crianças estavam entre os mortos e feridos.

As mortes dos funcionários do MSF gerou comoção internacional. Nas redes sociais, o diretor da Cruz Vermelha, Robert Mardini, afirmou que o caso era “inaceitável” e se considerou “chocado, horrorizado e entristecido pelas trágicas notícias”. Ainda no mês de março, membros do MSF denunciaram internacionalmente a morte de pelo menos quatro civis por parte de soldados do Exército da Etiópia no país. Na ocasião, eles tiveram permissão para sair do local após serem interceptados. O conflito na região de Tigré foi iniciado em novembro de 2020, quando o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, ordenou que tropas fossem enviadas até o local para “desarmar” líderes da Frente de Libertação do Povo do Tigré, justificando que esses “rebeldes” realizavam ataques a instalações federais.

 

JP

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