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Supremo decide que União não tem preferĂȘncia na execução fiscal

Por Redação em 24/06/2021 às 19:55:51
Execução fiscal é o procedimento em que a Fazenda PĂșblica requer de contribuintes inadimplentes o crédito devido de tributos, acionando o Poder JudiciĂĄrio. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (24) que a União não tem preferĂȘncia na execução fiscal perante estados e municĂ­pios, como previa o Código TributĂĄrio Nacional. O plenĂĄrio considerou a regra inconstitucional.

A ação foi proposta pelo governo do Distrito Federal sob o argumento de que não deve haver hierarquia entre entes federados na cobrança de créditos tributĂĄrios.

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A Procuradoria do Distrito Federal também argumentou que isso prejudica a recuperação da dĂ­vida ativa e as contas dos governos locais.

A execução fiscal é o procedimento em que a Fazenda PĂșblica requer de contribuintes inadimplentes o crédito devido de tributos, acionando o Poder JudiciĂĄrio.

A relatora do pedido, ministra CĂĄrmen LĂșcia, afirmou que a hipótese de hierarquia não foi recepcionada pela Constituição de 1988.

"O estabelecimento de hierarquia na cobrança judicial dos créditos da dĂ­vida pĂșblica da União a estados, e esses, aos municĂ­pios desafia o pacto federativo e as normas constitucionais que resguardam o federalismo brasileiro", disse.

Segundo a ministra, não se pode considerar como vĂĄlida a distinção por lei entre os entes federados, "fora de previsão constitucional e sem especificação de finalidade federativa vĂĄlida".

Ação no STF tenta reverter privilégio da União em créditos da dĂ­vida ativa

O voto de CĂĄrmen LĂșcia foi acompanhado pelos ministros Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, LuĂ­s Roberto Barroso, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, pelo decano (mais antigo ministro), Marco Aurélio Mello, e pelo presidente da Corte, ministro Luiz Fux.

Dias Toffoli e Gilmar Mendes divergiram. Para Toffoli, a diferenciação entre os entes deveria ser levada em consideração. Mendes entendeu que o tipo de ação proposto não era adequado.

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Fonte: G1

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