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Assessor de Salles alvo de operação da PF deixa o Ministério do Meio Ambiente

Por Redação em 02/06/2021 às 07:22:02
Leopoldo Penteado Butkiewicz foi investigado em operação que apura exportação ilegal de madeira e, junto com mais seis pessoas, já tinha sido afastado do cargo por 90 dias. Ministro do Meio Ambiente também é investigado, mas segue no cargo. O governo federal exonerou do cargo, a pedido, Leopoldo Penteado Butkiewicz, assessor especial do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

A exoneração foi publicada no "Diário Oficial da União" (DOU) desta quarta-feira (2) e é assinada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. Butkiewicz está entre os investigados na operação Akuanda, da Polícia Federal (PF), que apurou a exportação ilegal de madeira.

Na terça, Butkiewicz e mais seis investigados na operação haviam sido afastados do cargo por 90 dias. O ministro Ricardo Salles também foi um dos alvos da operação, mas permanece no cargo.

A operação apura a exportação ilegal de madeira para os Estados Unidos e a Europa. A investigação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Salles.

A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou na segunda (31) ao STF um pedido de abertura de inquérito para investigar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (veja mais abaixo).

O vídeo abaixo explica as investigações em curso contra o ministro Salles.

Ricardo Salles: veja as investigações contra o ministro do Meio Ambiente

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O afastamento por 90 dias dos investigados foi publicado na terça (1º) no Diário Oficial por meio de duas portarias. Uma foi assinada pelo ministro Luiz Eduardo Ramos, da Casa Civil, e outra, pelo ministro Ricardo Salles. Ambas determinam que os agentes públicos especificados deveriam ser afastados do exercício da função pública a partir do dia 19 de maio.

A portaria assinada por Luiz Eduardo Ramos determinou o afastamento de cinco agentes públicos, são eles:

Eduardo Fortunato Bim, presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);

Olivaldi Alves Borges Azevedo, secretário-adjunto da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente;

Leopoldo Penteado Butkiewicz, assessor especial do ministro do Meio Ambiente;

Olímpio Ferreira Magalhães, diretor de proteção ambiental do Ibama;

João Pessoa Riograndense Moreira Júnior, diretor de uso sustentável da biodiversidade e florestas do Ibama.

A portaria assinada por Ricardo Salles determinou o afastamento de dois agentes públicos, são eles:

Rafael Freire de Macedo, coordenador-geral de monitoramento do uso da biodiversidade e comércio exterior do Ibama;

Wagner Tadeu Matiota, superintendente de apurações de infrações ambientais do Ibama.

Pedido da PGR enviado ao STF

PGR pede ao Supremo abertura de inquérito para investigar ministro Ricardo Salles

Ne segunda-feira (31) a PGR enviou ao STF um pedido de abertura de inquérito para investigar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A relatora do caso será a ministra Cármen Lúcia. A assessoria do ministro disse que irá "esclarecer todos os fatos".

O pedido foi feito com base em uma notícia-crime apresentada contra Salles pelo delegado Alexandre Saraiva, da Polícia Federal do Amazonas, por suspeita de que o ministro teria tentado atrapalhar a investigação sobre a maior apreensão de madeira da história e defender o interesse de madeireiros ilegais.

No pedido, o Ministério Público informou que quer apurar se o ministro do Meio Ambiente cometeu crimes como:

advocacia administrativa;

obstar ou dificultar a fiscalização ambiental;

impedir ou embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

O documento enviado pela PGR ao Supremo é assinado pelo vice-procurador-geral, Humberto Jaques de Madeiros.

Em abril, Cármen Lúcia determinou que a PGR se manifestasse sobre duas notícias-crime apresentadas contra Salles, por suposta atuação para atrapalhar a apuração da maior apreensão de madeira do Brasil. A ministra apontou que os fatos narrados são de "gravidade incontestável" e que envolvem "tema de significac?a?o maior para a vida saudavel do planeta, como e a questa?o ambiental".

Operação da PF

PF afirma ao STF ter provas contra presidente afastado do Ibama e fortes indícios contra Salles

Em 9 de maio, a PF deflagrou a Operação Akuanduba, que teve entre os alvos Ricardo Salles e Eduardo Bim, presidente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A operação investiga exportação ilegal de madeira. Ao todo, foram expedidos 35 mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e no Pará.

No ofício que desencadeou a operação, a Polícia Federal afirmou ao Supremo ver "fortes indícios" de que Salles esteja envolvido em um "grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais".

Quando a operação foi deflagrada, Salles chamou a ação de "exagerada" e negou envolvimento em exportação ilegal de madeira.

Fonte: G1

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