MPMG investiga fura-fila na vacinação contra a Covid-19 em Paracatu

Segundo a promotoria, Prefeitura e Câmara devem prestar esclarecimentos sobre denúncias de profissionais da saúde fora da linha de frente do combate ao coronavírus que têm recebido imunização indevidamente. O G1 procurou Executivo e Legislativo. Vacina

JN

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apura denúncias de que profissionais de saúde fora da linha de frente do combate à Covid-19 estão sendo vacinados contra o coronavírus em Paracatu, no Noroeste de Minas, desrespeitando os critérios de prioridade estabelecidos pelo Munícipio. Segundo a promotoria, há informações de que profissionais de clínicas particulares da cidade estariam sendo imunizados.

Dentro da investigação de fura-fila, o MPMG solicitou à Câmara e à Prefeitura de Paracatu esclarecimento sobre os motivos que levaram o Município a mudar a ordem de imunização. Já que os profissionais de saúde fora da frente de combate à doença seriam o quarto grupo a ser vacinado, após finalizar a aplicação das doses nos três primeiros grupos prioritários.

Além disso, a promotoria de Justiça estabeleceu que Secretaria de Saúde de Paracatu tem até o dia 18 de fevereiro para apresentar relatório informando quantas doses de vacina já foram aplicadas, quais as pessoas foram imunizadas e o grau de prioridade no plano de vacinação, além dos nomes dos responsáveis pela imunização.

O G1 entrou em contato com a Prefeitura e a Câmara de Paracatu questionando se receberam os pedidos do MPMG, se já houve respostas e um posicionamento sobre a denúncia de fura fila durante a vacinação de Covid-19 na cidade. Mas não obteve respostas até a última atualização desta matéria.

Veja também:

Vacinômetro: veja quantas doses já foram aplicadas nas principais cidades do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de MG

MPMG faz recomendações a cidades do Triângulo Mineiro para evitar fura fila

Plano Municipal de Vacinação

Segundo apurou a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Paracatu, o plano de vacinação implementado pelo Município estabeleceu quatro grupos prioritários para a primeira fase de imunização, começando com idosos de Instituições de Longa Permanência (ILP). Depois, profissionais de saúde da linha de frente. Em seguida, idosos com mais de 75 anos. E só, então, os demais trabalhadores da saúde.