Senador Márcio Bittar, no entanto, evitou responder sobre a possibilidade de concessão de uma nova rodada do auxílio emergencial. O relator-geral do Orçamento de 2021, senador Márcio Bittar (MDB-AC), defendeu nesta quarta-feira (10) o avanço das reformas e a retomada da agenda econômica no Congresso, mas disse que as pessoas que “precisam comer não vão esperar”.
O senador afirmou que se elegeu com a bandeira da retomada econômica, mas destacou a importância de o Orçamento sinalizar “cuidado com brasileiros que precisam do Estado”.
“Eu me elegi defendendo esta agenda [de retomada da economia]. Só que, com a retomada da agenda econômica e a agenda das reformas, as pessoas que precisam comer não vão esperar. Eu já disse desde o ano passado que elas precisam caminhar juntas”, afirmou Bittar.
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“Agora, é fundamental, como sinal de responsabilidade, que, ao apresentar a peça orçamentária, se dentro dela estiver a solução para os brasileiros que ainda precisam do estado, tenha também as PECs Emergenciais, os gatilhos, estejam dentro”, disse o senador.
Questionado sobre espaço no Orçamento para a criação de uma nova modalidade de auxílio emergencial em razão da pandemia do novo coronavírus, Bittar afirmou que no momento “tudo é especulação” e que prefere não falar para não atrapalhar a costura de uma solução.
"Não vou falar sobre hipóteses", disse.
Guedes
O relator e a presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Flávia Arruda (PL-DF) se reuniram com o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quarta-feira. Segundo Bittar, o objetivo é iniciar oficialmente o diálogo com o governo para construir a proposta de Orçamento.
“É importante que esse orçamento, em um momento tão delicado para o Brasil e para o mundo, seja feito com o máximo de equilíbrio. Desafio é achar uma convergência entre os poderes. É isso que o Brasil espera”, afirmou.
“Como sinal dessa boa vontade do Congresso Nacional, eu e a presidente Flávia estamos indo agora ao ministro Paulo Guedes para iniciar com ele oficialmente o diálogo de uma peça tão importante como a lei orçamentária”, explicou o relator.
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