Apelidado de "Tinder da amizade", o Approxima Bot é um robô interativo que funciona como um pequeno aplicativo dentro do Telegram. Robô criado por alunos da USP de São Carlos para ajudar estudantes a fazer amizades
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Alunos da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos (SP) desenvolveram uma ferramenta para aproximar estudantes que possuem interesses em comum e fazer amizades.
Apelidado de "Tinder da amizade", o Approxima Bot é um robô interativo que funciona como um pequeno aplicativo dentro do Telegram.
Por meio das preferências cadastradas pelo usuário sobre alguns assuntos, o robô da rede social sugere potenciais amigos para cada estudante que tenham os mesmos interesses.
Segundo a professora e coordenadora do Grupo de Apoio Psicopedagógico (GAPsi), Simone Souza, a equipe começou a trabalhar na criação da ferramenta após o início da pandemia do coronavírus, que obrigou cancelamento de aulas presenciais e manteve os universitários afastados.
“Preocupados com essa situação, a direção do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) entrou em contato com nosso grupo e sugeriu que pensássemos em alternativas para reduzir o isolamento dos estudantes e prevenir problemas de saúde mental”, contou a professora.
Approxima é um robô criado por alunos do ICMC da USP São Carlos dentro do aplicativo Telegram
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Robô
O papel do robô, criado por alunos do ICMC, é identificar estudantes que possuem interesses em comum, como filmes, séries e músicas, e apresentá-los um ao outro. Por isso, um dos primeiros passos para se cadastrar é definir suas preferências.
Depois, a ferramenta sugere potenciais amigos. Os usuários têm a liberdade para decidir se querem conversar com as pessoas sugeridas pelo aplicativo.
Se ambos aceitarem, então eles podem começar a conversar pelo bate-papo, como ocorre nos aplicativos de relacionamento. O objetivo não é buscar um parceiro romântico, mas alguém para compartilhar ideias e experiências.
Robô identifica estudantes que possuem interesses em comum
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O Telegram foi utilizado por oferecer diferentes recursos e funções exclusivas aos usuários, tal como os bots interativos, que podem ser programados para desempenhar as mais diferentes funções.
“Os bots são uma tendência na área de computação porque possibilitam que os desenvolvedores criem soluções a partir de algo que já existe, baseados em produtos que já estão disponíveis e foram testados. Isso agiliza e facilita o processo”, explicou a professora.
Criação
Segundo os administradores da rede, cerca de cem pessoas já se cadastraram no Approxima. A rede é aberta para qualquer um que queira fazer amizades.
Para identificar as necessidades dos estudantes em quarentena, o primeiro passo foi realizar uma pesquisa com estudantes universitários de diversas instituições.
Apelidado de "Tinder da amizade", o Approxima Bot é um robô interativo que funciona dentro do Telegram.
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Dos 174 que responderam a pergunta “Você acha a ideia do aplicativo interessante? Acha que será útil?”, 88,5% responderam afirmativamente.
“A ideia surgiu no contexto da pandemia, mas não pensamos em descontinuar o projeto após voltarmos às aulas presenciais. Na verdade, acreditamos que o Approxima é uma ótima oportunidade para os estudantes conhecerem outros estudantes que, de outra forma, não conheceriam”, explicou Vitor Santana Cordeiro, que cursa Ciências de Computação e faz parte da equipe desenvolvedora da ferramenta.
Desde setembro, quando começaram a testar o protótipo, diversas novas funcionalidades foram implementadas pela equipe para aprimorar a experiência dos usuários. Por meio do canal de avisos, os desenvolvedores fazem constantes pesquisas.
Futuro
A intenção da equipe do projeto é procurar mais pessoas que queiram contribuir com desenvolvimento da ferramenta, para que no futuro, criar um aplicativo que não fique restrito ao Telegram.
Levando em conta os depoimentos que a equipe tem coletado ao longo dessa jornada de aprendizado, a história do Approxima está mesmo só começando:
“Fazer coisas que impactam a vida das pessoas é meu projeto de vida e o que me motiva neste projeto”, contou o estudante.
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