Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Política

Feliciano diz ter "segurança" de que um dos indicados de Bolsonaro ao STF será evangélico


Um dos parlamentares mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Marco Feliciano (Republicanos-SP) afirmou que a Frente Parlamentar Evangélica, da qual ele faz parte, tem "segurança" de que o chefe do Executivo preencherá uma das duas indicações ao Supremo Tribunal Federal (STF) que terá direito com um nome chancelado pelos evangélicos. Em entrevista à Jovem Pan, Feliciano, que é pastor da Catedral do Avivamento, disse que "em algum momento, [Bolsonaro] falou sobre um ministro "terrivelmente evangélico", mas não sinalizou quando seria e nem precisa. O presidente é um homem de palavra. Temos segurança com ele". A declaração de Feliciano ocorre na esteira da sinalização de que o desembargador Kássio Nunes Marques, vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Federal (TRF-1) é o novo nome forte do Palácio do Planalto para a vaga do decano da Corte, o ministro Celso de Mello – integrante do TRF-1 desde 2011, Nunes é católico.

Desde que assumiu a Presidência, Bolsonaro afirmou, reiteradamente, que pretendia indicar um ministro "terrivelmente evangélico" ao Supremo Tribunal Federal. As declarações sempre foram vistas como um aceno a uma parcela importante de seu eleitorado. Por isso, a possibilidade de indicação de um nome católico gerou reações nas redes sociais. O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo escreveu, em seu perfil no Twitter, que "o PT, toda a esquerda, o centrão, os corruptos e todos os que são contra a Lava Jato agradecem" pela possível escolha de um nome que não é "terrivelmente evangélico" e "terrivelmente de direita". "Sou aliado do presidente, não alienado", complementou o pastor.

Também no Twitter, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), um dos integrantes da tropa de choque do bolsonarismo no Congresso, disse que não acredita que Bolsonaro indicará ao STF "um desembargador que foi indicação de Dilma Rousseff para o TRF-1", que "liberou licitação do STF para compra de lagostas e vinhos" e "cujo nome tenha sido recebido com louvor por Gilmar Mendes e Dias Toffoli". Em maio de 2019, Kássio Nunes cassou uma decisão liminar proferida pela juíza federal Solange Salgado, do Distrito Federal, que havia suspendido a licitação do STF para a compra de bebidas, entre elas vinhos importados e premiados, e refeições, incluindo lagosta. Questionado se a indicação de um nome católico para à Suprema Corte causa algum incômodo, Feliciano foi taxativo: "Porque causaria? O ministro Fux é judeu e é um excelente ministro. Não discrimino as pessoas por suas convicções religiosas".

Leia também

Para Moro, indicado ao Supremo deve ser comprometido com a agenda anticorrupção

Malafaia critica possível indicação de desembargador ao STF: 'Sou aliado, não alienado'

Nas últimas horas, apoiadores do presidente e seguidores do filósofo Olavo de Carvalho têm se mobilizado nas redes sociais para pedir que Bolsonaro escolha outro nome para o STF – aparecem na lista dos mais cotados os ministros André Mendonça, da Justiça, e Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência, e o Procurador-Geral da República, Augusto Aras. No Twitter, a hashtag #KassioNunesNão está sendo utilizada em publicações que pedem um nome conservador. Outro ponto que gera reação de bolsonaristas é o apoio de setores do PT ao nome do desembargador. Para Feliciano, porém, a indicação de Kássio Nunes, se aprovada, "mostra que a escolha estará acima de qualquer viés ideológico. Juízes não podem ter partido, pois seu partido deve ser o Brasil e a sua ideologia deve ser a Constituição".

Política

Política Celso De Mello Jair Bolsonaro Marco Feliciano STF

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!