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CNMP adia julgamento de Dallagnol sobre powerpoint contra Lula

Por Redação em 18/08/2020 às 23:24:04

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) adiou para a próxima terça-feira, 25, a análise de um processo contra o procurador da República Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ação tem relação com a apresentação em power point feita por Dallagnol para destacar imagens e gráficos que apontavam Lula como o centro de uma organização criminosa.De acordo com o advogado do procurador, Alexandre Vitorino, o "processo era de menor interesse" e a "representação é muito antiga, de quatro anos". "Depois de tomarem três chamadas do Supremo Tribunal Federal (STF) em uma única noite, essa discrição era até esperada", afirmou Vitorino à Jovem Pan.

O adiamento ocorre um dia depois doministroCelso de Mello, doSupremo Tribunal Federal (STF), suspender outros dois processos que seriam julgados hoje, e que poderiam tirar Dallagnolda força-tarefa daLava Jato em Curitiba. Os casos miram a conduta do procurador em relação à publicação nas redes sociais e supostas atitudes de promoção pessoal. Segundo Mello, os fatos sobre investigação do CNMP já foram avaliados e arquivados. Ontem, o também ministro Luiz Fux decidiu que o Conselhonão poderá usar a penalidade de advertência aplicada ao procurador em novembro de 2019 para agravar o julgamento dos casos envolvendo ele. Em 2019, o Conselho decidiu, por oito votos a três, punir Dallagnol por ter dito, em entrevista, que ministros do STF eram "lenientes com a corrupção".

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Processo de Lula

A denúncia de organização criminosa contra Lula foi apresentada posteriormente pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, à Justiça Federal. O ex-presidente foi absolvido no final do ano passado pela 12ª Vara Federal de Brasília no caso que ficou conhecido como "quadrilhão do PT".

Em entrevista aoJornal da Manhã, daJovem Pan, o procurador disse que não acredita que existam fatos que embasem seu afastamento doMinistério Público. De acordo com ele, o próprio histórico doConselho Nacional do MP (CNMP)mostra que casos precedentes envolviam "coisas muito graves" e nada parecidas com a sua realidade. PeloCNMPjá passaram pelo menos 50 reclamações disciplinares contra o procurador. Ele ainda defendeu aliberdade de expressãoe alegou que suas manifestações em redes sociais — de acordo com ele, mais de 10 mil — são feitas como cidadão, com cuidado e respeito. "A gente sempre faz críticas no contexto de aperfeiçoamento, ninguém está querendo pregar o fechamento doCongressoou doSTF. Aliberdade de expressão, se fosse para defender elogios, não precisaria existir. Ela existe para proteger críticas ácidas. O que não podemos fazer é pregar fechamento das instituições, que vai contra a própriademocracia. Aliberdade de expressão depende dessas instituições para sua própria existência."

Fonte: JP

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