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MinistĂ©rio PĂșblico Eleitoral pede cassação de Moro por abuso de poder econômico na eleição de 2022

Por Redação em 15/12/2023 às 07:03:47

O Ministério PĂșblico Eleitoral emitiu um parecer, na noite desta quinta-feira, 14, defendendo o acolhimento parcial de uma ação contra o senador Sergio Moro (União-PR), com a cassação do mandato do ex-juiz da Lava Jato por abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022. Moro é alvo de duas denĂșncias por supostamente levar vantagem indevida na disputa pelo Senado. Isto porque a pré-campanha do ex-juiz à PresidĂȘncia, com gastos de mais de R$ 2 milhões, teria dado a ele mais visibilidade em relação aos concorrentes pela vaga de senador. O TSE permite que seja gasto em campanha para o Senado até R$ 4,4 milhões, mas, segundo as denĂșncias protocoladas por PT e PL, Moro teria investido mais de R$ 6 milhões na candidatura, juntando o dinheiro usado na pré-campanha presidencial. "Este contexto demonstra que os meios empregados para a realização de pré-campanha e os valores despendidos nesta empreitada em prol dos investigados mostrou-se, de fato, desarrazoada, assumindo contornos de uso excessivo do poderio econômico", diz um trecho do parecer assinado pelo procurador regional eleitoral Marcelo Godoy e pela procuradora regional eleitoral substituta Eloisa Helena Machado.

"A Procuradoria Regional Eleitoral no ParanĂĄ manifesta-se pelo julgamento de procedĂȘncia parcial dos pedidos formulados nas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (…), a fim de que se reconheça a prĂĄtica de abuso do poder econômico, com a consequente cassação da chapa eleita para o cargo majoritĂĄrio de Senador da RepĂșblica e decretação da inelegibilidade", diz a conclusão do parecer do MP. Apesar de entender que houve abuso de poder econômico, os procuradores não observam utilização indevida dos meios de comunicação social ou uso de caixa 2. Agora, o juiz eleitoral Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do processo deve divulgar seu voto no próximo mĂȘs. O caso pode ser levado para julgamento no plenĂĄrio do TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Na semana passada, Moro declarou ser alvo de "perseguição polĂ­tica" e negou qualquer tipo de irregularidade. JĂĄ nesta quinta-feira, o advogado Gustavo Guedes, que defende o senador, diz que "respeita, mas discorda" da decisão da Procuradoria do ParanĂĄ. "A boa notĂ­cia é que dos 20 milhões inventados pelo PT; e os 6 milhões criados pelo Podemos, jĂĄ reduzimos para 2 milhões. Seguiremos baixando ainda mais a conta no trabalho de convencimento dos juĂ­zes do TRE. A improcedĂȘncia acontecerĂĄ", diz a defesa do senador.

PT e PL se manifestam

Advogado da federação encabeçada pelo PT, Luiz Eduardo Peccinin comemorou a notĂ­cia. "Desde o inĂ­cio do processo, os autores foram adjetivados de todo o tipo de leviandades. Nos acusavam de perseguição. Hoje, a Procuradoria Regional Eleitoral do ParanĂĄ, em um parecer atento aos valores fundamentais de nossa democracia, reconheceu a necessidade de procedĂȘncia de nossa ação e que o Senador violou a lei, trapaceou para vencer as eleições. Temos certeza que a justiça eleitoral do ParanĂĄ não se furtarĂĄ a sua história de intransigĂȘncia com o abuso de poder, cassando e declarando a inelegibilidade de Sérgio Moro e seu suplente", declarou. JĂĄ os advogados Guilherme Ruiz Neto e Bruno Cristaldi, que representam o PL do ParanĂĄ, dizem que "com o reconhecimento das ilicitudes pela Procuradoria Regional Eleitoral do ParanĂĄ as chances de Sergio Moro — e seus suplentes — escapar impune, mesmo no TRE-PR, praticamente se desintegraram".

Fonte: JP

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