Manuella Tecchio foi diagnosticada, a principio, com tosse alérgica, mas, durante as investigações, a Polícia Civil pediu exumação do corpo para identificar uma possível negligência médica, mas o laudo não foi divulgado. Manuella Tecchio, de 3 anos, e os pais
Arquivo pessoal
Dois médicos foram indiciados por homicídio culposo pela morte de Manuella Tecchio, de 3 anos, após receber atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e ser liberada, em Sinop, a 503 km de Cuiabá. O caso ocorreu em março deste ano e a Polícia Civil concluiu o inquérito nesta semana,
A princípio, a vítima foi diagnosticada com tosse alérgica, mas, durante as investigações, a polícia pediu exumação do corpo para identificar uma possível negligência médica, imprudência no diagnóstico e até mesmo uma imperícia, mas o resultado do laudo não foi divulgado.
De acordo com o delegado Ugo Mendonça, 11 pessoas foram interrogadas durante a investigação.
O advogado de defesa dos médicos, Marcos Vinícius, disse que ainda não teve acesso ao documento e que deve se manifestar nessa terça-feira (19). A Prefeitura de Sinop disse que também não teve acesso ao inquérito. A TV Centro América procurou a UPA, mas ainda não teve retorno.
"A gente sente vontade de fazer justiça por tudo que aconteceu com nossa filha. O inquérito está nas mãos do Ministério Público e a gente espera que os culpados sejam penalizados pelo que aconteceu. Não queremos que outras famílias passem pelo que nós passamos", disse o pai de Manuella, Lucas Pootz.
Relembre o caso
Em março deste ano, A Prefeitura de Sinop, no norte do estado, afastou a médica responsável pelo atendimento a menina de 3 anos que morreu um dia após ser atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e ser liberada com o diagnóstico de tosse alérgica. A identidade da profissional não foi divulgada.
O pai de Manoella Tecchio, Lucas Pootz, contou à TV Centro América que a filha apresentava sintomas gripais e no fim de semana passado apresentou uma tosse seca.
Segundo Lucas, a filha não melhorou e, na terça-feira, a família retornou com a criança na unidade de saúde. No novo atendimento, foi solicitado um raio-X, que apontou que o pulmão dela já estava comprometido.
