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Ao comentar delação de Mauro Cid, Lula diz que Bolsonaro está 'altamente comprometido'

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Por Redação em 11/09/2023 às 01:51:03
Presidente evitou comentar detalhes sobre o acordo, mas disse que 'tempo vai se encarregar' de mostrar que Bolsonaro estava 'envolvido até os dentes' com perspectiva de golpe. Lula durante coletiva de imprensa em Nova Délhi, na Índia

Canal Gov/Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou o acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Lula, Bolsonaro está 'altamente comprometido'.

"Eu acho que ele tá altamente comprometido. A cada dia vai aparecendo as coisas, e a cada dia nós vamos ter certeza de que havia a perspectiva de golpe e que o ex-presidente estava envolvido nela até os dentes", afirmou durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11).

Lula evitou comentar os detalhes sobre o acordo de delação premiada de Cid, que foi homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no sábado (9).

O presidente disse que não pode dar palpite no que não conhece: "Não sei o que está lá. Só sabe o delegado que ouviu e o coronel que prestou depoimento. O resto é especulação".

Por fim, Lula ainda afirmou que Bolsonaro estava preocupado em "vender as joias" e que o ex-presidente é "responsável por parte das coisas ruins" que aconteceu no Brasil.

"É isso que vai ficar claro, o tempo vai se encarregar. A única chance que ele tinha de não participar disso é quando ele estava preocupado em vender as joias", disse.

A delação

O ministro Alexandre de Moraes homologou a delação de Mauro Cid após um acordo de colaboração fechado entre o ex-ajudantes de ordens e a Polícia Federal.

A delação em questão está ligada ao inquérito das milícias digitais e a todas as investigações conexas, como a apuração sobre a venda de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro.

Em relação ao inquérito das milícias digitais, a PF investiga a suposta existência de uma organização criminosa que teria a finalidade de atentar contra o Estado Democrático de Direito.

Cid foi preso em maio deste ano, durante uma operação da PF para investigar a inserção de dados falsos de vacinação no sistema do SUS e emissão de certificados de imunização contra a Covid-19.

Após o acordo de delação ser homologado, Cid teve a liberdade provisória concedida pelo STF. Ele deixou a prisão ainda no sábado e deverá usar tornozeleira eletrônica.

Decisão de Moraes

A liberdade provisória concedida a Mauro Cid pelo ministro Alexandre de Moraes possui medidas cautelares. Ou seja, o ex-ajudante de ordens terá de seguir as seguintes determinações impostas pelo STF:

uso de tornozeleira eletrônica;

comparecimento em juízo em 48 horas, e comparecimento semanal posterior, às segundas-feiras;

proibição de sair do país e entrega do passaporte em 5 dias;

cancelamento de todos os passaportes emitidos pelo Brasil em nome dele;

suspensão de porte de arma de fogo, assim como de certificado de registro para coleção, tiro esportivo e caça;

proibição de uso de redes sociais;

proibição de falar com outros investigados, inclusive por meio de seus advogados. As exceções são a mulher, filha e pai dele.

Moraes ainda determinou o afastamento do tenente-coronel do exercício das funções de seu cargo de oficial no Exército. Na decisão, Moraes afirma que, em caso de descumprimento das medidas cautelares, Cid deve voltar para a prisão.

Fonte: G1

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