Ao ser questionado sobre sua relação com a deputada federal Sâmia Bonfim (PSol-SP) durante audiĂȘncia na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura ações do Movimento Sem Terra (MST), o lĂder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha, negou ter atuado como cabo eleitoral da parlamentar e foi imediatamente ameaçado de prisão nesta quinta-feira, 3. Parlamentares da oposição ao governo o acusaram de mentir e mostraram um vĂdeo que provaria que Rainha colaborou com a campanha de Sâmia. Nas imagens, ele aparece agradecendo os votos que elegeram a parlamentar, que também emprega Diolinda Alves de Souza, ex-mulher do lĂder da FNL, em seu gabinete com salĂĄrio de R$ 3,2 mil e auxĂlio de R$ 1,3 mil.
"Eu vou refazer a pergunta para não fazer falso testemunho. Pode ficar calado, mas mentir não pode. Ou fica quieto ou fala a verdade. VocĂȘ sabe quais são as consequĂȘncias", afirmou o relator, Ricardo Salles (PL-SP). A pressão seguiu, de forma mais incisiva. "Não pode mentir. Se mentir, eu peço para ir para a cadeia", disse Coronel Chrisóstomo (PL-RO). O lĂder da FNL presta depoimento à CPI na condição de testemunha sobre ocupações de terra no Brasil durante o chamado "Carnaval Vermelho".
Fonte: JP