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Pantanal tem cheias novamente após 4 anos de seca

Por Redação em 02/07/2023 às 09:02:44
Globo Rural refaz trajeto com comitiva de boiadeiros meses depois e mostra o que mudo na região. Os alagamentos trazem de volta a vida da fauna e da flora, mas também geram prejuízos e mortes de alguns animais. Pantanal tem cheias novamente após 4 anos de seca

Depois de quatro anos de estiagem forte, o Pantanal voltou a ficar alagado. A equipe do Globo Rural acompanhou uma comitiva de boiadeiros e mostra o que mudou na região desde a última viagem com peões, em agosto de 2022.

O Pantanal passou por, pelo menos, quatro anos de estiagem extrema, com temperaturas altas, queimadas, solo árido, sede e muitas perdas.

As cheias trazem novamente a vida da fauna e da flora, mas também gera prejuízos e mortes de alguns animais.

Atropelamento e falta de oxigênio

Um dos problemas que chega com a água é o atropelamento de animais silvestres. O Instituto de Conservação de Animais Silvestres (Icas) está estudando essa questão das colisões há mais de dez anos.

Na BR-262, foram encontradas 6.650 carcaças em um período de 3 anos. Os principais animais atropelados são: jacaré, tatu, cachorro-do-mato, capivara e os tamanduás mirim e bandeira.

Para resolver esse problema, o estudo sugere cercamento da rodovia nos pontos onde houve maior registro de colisões.

Há também a decoada, a morte de peixes. Isso porque, no Pantanal, quando ocorrem as cheias, toda a vegetação aquática acaba se decompondo, gerando gás carbônico e diminuindo a quantidade de oxigênio na água.

Assim, a água fica tóxica aos peixes, que procuram chegar até a superfície para obter mais oxigênio, mas muitos deles não resistem e acabam morrendo.

Globo Rural refaz trajeto com comitiva de boiadeiros e mostra o que mudo no Pantanal com as cheias

Renascimento

Mas as cheias também trazem o retorno da fauna e da flora. O Pantanal é um ecossistema de áreas úmidas, o que proporciona ambientes bastantes produtivos em termos de diversidade.

As aves aquáticas estão entre os animais que já voltam a se tornar mais comuns na paisagem pantaneira, caso do tuiuiú, da cabeça-seca, dos colhereiros e dos maçaricos, por exemplo.

A forte estiagem dos últimos anos atrapalhou a reprodução de muitos pássaros, como o tuiuiú, a ave símbolo do Pantanal, explica o biólogo Gabriel Freitas.

Retorno ao Pantanal

O Globo Rural retorna pela terceira vez para fazer o trajeto com uma comitiva boiadeira e enfrentar a travessia do rio Taquari. Em 1984, os animais tinham de nadar para chegar do outro lado.

A equipe de reportagem seguiu o percurso de 100 km em dois carros, com bastante perrengue. Por exemplo, foi preciso descer constantemente para saber qual a profundidade da água e se a caminhonete iria atolar. Mesmo assim, um dos carros acabou ficando preso na lama, precisando ser rebocado.

Depois de avançar mais um pouco, só foi possível terminar a viagem de helicóptero.

As dificuldades da travessia também mudam para os animais. Na época da seca eles não estão em bom estado corporal e morrem pelo caminho. Já na cheia, há mais risco de doenças nos cascos.

Há também a maior oferta de animais nos leilões, derrubando os preços.

Fonte: G1

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