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Onda de violĂȘncia em manifestações obriga rei Charles III a adiar viagem à França

Por Redação em 24/03/2023 às 16:57:22

A onda de violĂȘncia nas manifestações na França por causa da reforma da previdĂȘncia, obrigou o Rei Charles III a adiar sua viagem à França, que começaria no domingo, 26. "Após uma conversa por telefone entre o presidente e o rei esta manhã, os governos francĂȘs e britânico tomaram esta decisão de receber Sua Majestade o rei Charles III nas condições que correspondem à nossa relação de amizade", havia anunciado a PresidĂȘncia francesa, em um comunicado divulgado mais cedo. "Não serĂ­amos sérios e pecarĂ­amos pela falta de bom senso, se propuséssemos ao rei e à rainha consorte [Camilla] para virem para uma visita de Estado em meio às manifestações", declarou o presidente Emmanuel Macron, em entrevista coletiva em Bruxelas, ao fim de uma cĂșpula europeia. A convocação por parte dos sindicatos de uma nova mobilização na terça-feira, 28, contra a reforma previdenciĂĄria obrigou Londres e Paris a adiarem a visita para uma data ainda não anunciada, mas, segundo o lĂ­der francĂȘs, poderia acontecer "no inĂ­cio do verão" (hemisfério norte), quando a situação se acalmar. O casal real "espera com grande interesse a oportunidade de visitar a França assim que for possĂ­vel acertar datas", disse o PalĂĄcio de Buckingham logo depois. De acordo com um porta-voz do Executivo britânico, de Londres, a decisão foi tomada a pedido de Macron. Essa seria a primeira viagem ao exterior desde que chegou ao trono em setembro de 2022, após a morte de sua mãe, a Rainha Elizabeth II. Na segunda-feira, 27, ele participaria de uma homenagem no Arco do Triunfo e de um jantar no PalĂĄcio de Versalhes, antes de viajar para Bordeaux (sudoeste) na terça-feira.

A oposição reagiu rapidamente ao anĂșncio. O polĂ­tico Éric Ciotti (direita) criticou que o governo "não seja capaz de garantir a segurança de um chefe de Estado", e Jean-Luc Mélenchon (esquerda) comemorou que a "censura popular" tenha acabado com o "jantar de reis em Versalhes". A tensão na França alcançou um novo nĂ­vel na quinta-feira, 23, com um incĂȘndio no acesso à prefeitura de Bordeaux, "cenas de caos" em Rennes (oeste), jatos d"ĂĄgua sendo usados pela polĂ­cia em Lille (norte) e Toulouse (sul) e distĂșrbios nas ruas de Paris, entre outros episódios. Um total de 457 pessoas foram presas e 441 policiais e gendarmes ficaram feridos no nono dia de protestos, disse o ministro do Interior, Gerald Darmanin, nesta sexta-feira. O ministro, que falava ao canal CNews, disse ainda que houve 903 incĂȘndios de mobiliĂĄrio urbano ou lixo em Paris durante os protestos. Darmanin denunciou a "radicalização" de alguns manifestantes, e criticou a violĂȘncia da "extrema esquerda", que segundo ele exige uma "mensagem coletiva de condenação". "O paĂ­s tem de acordar e condenar a extrema esquerda e as facções. São poucas, mas extremamente violentas", insistiu o ministro, que deu conta de cerca de mil polĂ­cias e gendarmes feridos desde o inĂ­cio dos protestos contra a reforma da PrevidĂȘncia, imposta por decreto. O ministro afirmou que nos protestos desta quinta-feira em Paris havia cerca de 1.500 "vândalos", muitos deles "pessoas de boas famĂ­lias", segundo ele.

*Com informação de agĂȘncias internacionais

Fonte: JP

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