Posição do PL na gestão de Lula ainda é indefinida, diz senador

Reeleito para mais 8 anos de mandato no Senado, Wellington Fagundes (PL) defendeu que o PL nacionalmente tome uma decisão conjunta em relação a possível adesão ao futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Sob o comando do experiente Valdemar da Costa Neto, a sigla abrigou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), porém, tem um histórico de ligações com as gestões do Partido dos Trabalhadores (PT) entre 2003 a 2015.

Fagundes afirma que hoje a sigla possui um grupo mais "ideológico" se referindo aos deputados e senadores eleitos e que vieram por conta de Bolsonaro.

"Hoje existe uma divisão dentro do partido. Uma parte acha que pode contribuir com o futuro governo do presidente Lula e outros acham que tem que fazer oposição", disse.

Segundo ele, o PL já chegou a ser oposição e mudou de lado após uma negociação. "Isso já ocorreu e eu acho natural isso. Uma hora você está na oposição e outra ajudando o governo. Isso na política é normal", explicou.

Questionado sobre a sua posição, Wellington Fagundes fugiu da polêmica. Disse que, por ser líder de um bloco no Senado com o PTB, prefere aguardar a decisão oficial da legenda.

"Eu não posso falar, porque ainda represento um bloco que tem outro partido. Então, uma fala minha pode causar mal estar ou prejudicar qualquer conversa lá na frente", completou.

Em Mato Grosso, dos 4 deputados federais(José Medeiros, coronel Fernanda, Amália Barros e Abílio Júnior) eleitos pelo PL, são ligados ao chamado bolsonarismo, assim como os dois deputados reeleitos da sigla na Assembleia Legislativa (Elizeu Nascimento e Gilberto Cattani).