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Divisão entre alas da campanha de Bolsonaro se agrava a poucos dias do segundo turno

Por Redação em 26/10/2022 às 12:29:31
As disputas entre alas do comitĂȘ da reeleição do presidente Jair Bolsonaro se acentuaram e ficaram mais graves nesta reta final da campanha, expondo de novo a divisão de grupos que sempre existiu desde o inĂ­cio da campanha.

Os Ășltimos episódios envolvendo Bolsonaro e seus aliados dividiram ainda mais os dois grupos, exatamente num momento, segundo aliados do presidente, em que era preciso união para tentar ganhar a eleição.

O grupo se dividiu, por exemplo, no enfrentamento do caso Roberto Jefferson. Enquanto a ala mais radical defendia uma posição de Bolsonaro a favor do ex-presidente do PTB, o grupo polĂ­tico e moderado do comitĂȘ criticou a decisão do presidente de enviar o ministro da Justiça, Anderson Torres, para negociar uma solução para a crise.



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A imagem que foi passada, segundo uma ala do comitĂȘ, é a de que Bolsonaro buscava proteger seu aliado, e não os policiais federais feridos por Roberto Jefferson.

No final do domingo(23), a estratégia, depois de receber muitas crĂ­ticas, foi alterada. O ministro Anderson Torres ficou em Juiz de Fora (MG) e não foi para a cidade do Rio onde Roberto Jefferson havia disparado contra agentes federais e resistia a se render. E o presidente, no final do dia, divulgou um vĂ­deo chamando o aliado de "bandido" e "criminoso".

O comitĂȘ também se dividiu na operação lançada pelo ministro das Comunicações, FĂĄbio Faria, e o coordenador de comunicação da campanha, FĂĄbio Wajngarten. Os dois convocaram uma entrevista, em tom de urgĂȘncia para segunda-feira (24), quando prometeram uma denĂșncia grave. À frente do PalĂĄcio da Alvorada, à noite, eles acusaram rĂĄdios de beneficiarem Lula, aumentando as inserções comerciais do petista e diminuindo as de Bolsonaro.

A avaliação dentro do comitĂȘ foi que os dois FĂĄbios agiram de forma atabalhoada, apresentando uma denĂșncia frĂĄgil, sem as provas necessĂĄrias, e acabaram sendo alvo de um despacho do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, no qual o ministro disse que a campanha de Bolsonaro não apresentou "documento sério" comprovando a acusação.

Moraes foi além, disse que, se a acusação não for comprovada, os autores podem ser acusados de tentarem tumultuar o processo eleitoral em sua Ășltima semana.

Os dois FĂĄbios acabaram sendo alvo de crĂ­ticas dos filhos do presidente, o senador FlĂĄvio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro, que vinham se desentendendo, mas ficaram do mesmo lado no episódio. Eles não foram avisados da operação, que, para eles, precisava ser melhor preparada e acabou não tendo nenhum impacto na disputa eleitoral.

Segundo um assessor presidencial, a denĂșncia pode ser importante para esta reta final, mas ela precisava ser preparada de forma mais cuidadosa, exatamente para não ser questionada pelo próprio TSE, o que acabou acontecendo.



Fonte: G1

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