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Dólar opera em baixa em dia de Copom

Por Redação em 26/10/2022 às 09:29:22
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,29%, cotada a R$ 5,3179. Na máxima, chegou a R$ 5,3577. Dólar opera em alta nesta quarta-feira



Em dia de decisão de política monetária no Brasil e após dois pregões consecutivos de baixa acentuada, o dólar abriu em queda nesta quarta-feira (26).

As expectativas do mercado são de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) mantenha a Selic, taxa básica de juros, em 13,75% ao ano, ao passo que as expectativas para o exterior são de que os Estados Unidos desacelerem o ritmo de alta dos juros.

Às 9h15, a moeda americana tinha baixa de 0,65%, cotada a R$ 5,2834. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda reportou variação positiva de 0,29% e fechou cotada a R$ 5,3179, chegando a bater a máxima de R$ 5,3577 ao longo do dia. Com o resultado, acumula queda de 1,41% no mês e de 4,61% no ano frente ao real.

Mais cedo nesta semana, na segunda-feira, o dólar atingiu sua maior alta diária em meses, quando subiu 3,02% influenciada pela repercussão da prisão de Roberto Jefferson. Foi a maior alta desde 22 de abril, quando a moeda avançou 4,04%.

O que está mexendo com os mercados?

O Copom se reúne hoje para decidir sobre os rumos da política monetária no Brasil. "A expectativa do mercado é de que a taxa Selic seja mantida em 13,75% ao ano, sem nenhum movimento de redução, uma vez que os indicadores econômicos têm apresentado leve melhora", afirma Acilio Marinho, especialista da Trevisan Escola de Negócios.

Os juros também são ponto de atenção no exterior, com o aumento das perspectivas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) possa desacelerar o ritmo de altas em suas taxas, hoje entre 3,00% e 3,25% ao ano, depois da instituição elevar os juros em 0,75 ponto percentual em sua última reunião.

A alta nas taxas americanas beneficia os títulos públicos do país, que passam a entregar uma rentabilidade mais atrativa. Por serem considerados os ativos mais seguros do mundo, com retornos mais expressivos, esses títulos se tornam o destino de muitos investidores, principalmente em cenários de incertezas econômicas e políticas em nível global.

Tal movimento favorece o dólar em detrimento dos ativos de risco, como as próprias moedas de países emergentes, caso do real. Assim, a projeção de que os aumentos dos juros nos EUA possam desacelerar trazem pode beneficiar outros mercados que ainda estão com taxas altas, como o Brasil.

Ainda no exterior, o novo primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, assumiu o poder nesta terça-feira (25) e afirmou que seu país enfrentará "tempos difíceis", sinalizando que deve liderar com linha dura a política econômica.

No cenário doméstico, o IBGE divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,16% em outubro, após dois meses seguidos de deflação.

O foco permanece ainda na reta final da corrida eleitoral presidencial, a quatro dias do segundo turno, e no aumento das tensões políticas. Para o mercado, os atos do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) podem pesar contra a campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Jefferson atacou policiais federais que foram cumprir um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Copom se reúne nesta terça (25) e quarta-feira (26) para definir os rumos da taxa Selic, atualmente em 13,75%. Os economistas do mercado financeiro reduziram de 5,62% para 5,60% a estimativa de inflação para este ano e mantiveram a expectativa para a taxa básica de juros da economia em 13,75% ao ano no fim de 2022.

Fonte: G1

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