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Presidente do Novo critica declaração de voto de Amoêdo em Lula no 2º turno: 'Vergonhosa, constrangedora e incoerente'

Por Redação em 15/10/2022 às 15:13:54

Eduardo Ribeiro fez post em rede social pouco após João Amoêdo, que é ex-presidente do partido, afirmar que seu 'direito de oposição tem mais chance de ser preservado com Lula do que Bolsonaro'. Eduardo Ribeiro, presidente do partido Novo, em foto de 2022

Reprodução Instagram/erfribeiro

O presidente do partido Novo, Eduardo Ribeiro, criticou a declaração de João Amoêdo, que é ex-presidente do partido, de votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022.

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"Vergonhosa, constrangedora e incoerente a declaração de voto de João Amoêdo em Lula. O PT e o Lula representam tudo o que o nosso partido sempre combateu. Essa é a prova final de que o Novo nunca mudou, quem mudou foi o João", escreveu Ribeiro.

Ex-presidente do Novo, Amoêdo, declarou seu voto neste sábado (15).

“É uma decisão difícil, pois não concordo com nenhum dos dois. A qualquer um que seja eleito, serei oposição desde o primeiro dia, mas meu direito de oposição tem mais chance de ser preservado com Lula do que Bolsonaro”, disse Amoêdo ao g1.

“Bolsonaro tem atentado contra os poderes, cooptou o Legislativo com o orçamento secreto e vem testando essa ideia de aumentar os membros do Supremo para formar maioria. Apesar das discordâncias, serei obrigado a fazer algo que nunca fiz na vida, que é votar no PT”, completou.

O segundo turno das eleições presidenciais de 2022, entre Lula e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, acontece em 30 de outubro de 2022.

Amôedo foi um crítico constante dos governos petistas e disputou as eleições presidenciais de 2018 calcado no discurso do liberalismo econômico. Ele ficou em 5º lugar, com 2,6 milhões de votos no primeiro turno.

O empresário, inclusive, tentou disputar novamente a cadeira do Palácio do Planalto neste ano, mas foi preterido por Luiz Felipe D'Avila. O candidato foi anunciado em convenção nacional do partido, que ficou marcada pela divisão entre os filiados favoráveis e contrários ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

O racha no partido persiste e a posição de Amoêdo contrasta com outro expoente do Novo, o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema. Dois dias após o primeiro turno, Zema anunciou o apoio a Bolsonaro após uma reunião com o presidente no Palácio da Alvorada, em Brasília.

Zema disse que herdou uma "tragédia" do governo petista de Fernando Pimentel, e que esse foi um dos motivos que o levou a Brasília para declarar apoio ao candidato do PL.

O partido Novo não formalizou apoio a Bolsonaro, mas disse em nota que é contra o PT e o lulismo, mas libera seus filiados e eleitores a votar no segundo turno de acordo com a "consciência" e "princípios partidários".

"Diante do cenário eleitoral do segundo turno, o partido se vê na obrigação de reforçar seu posicionamento institucional histórico, totalmente contrário ao PT, ao lulismo e a tudo o que eles representam, e libera seus filiados, dirigentes e mandatários, para declararem seus votos e manifestarem seu apoio de acordo com sua consciência e com os valores e princípios partidários", completou o partido.

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Quem é Amoêdo

Amoêdo é um dos fundadores do partido Novo, que foi fundado em 2011 com apoio de empresários no Rio de Janeiro. O objetivo inicial do partido era participar da política sem vínculos com políticos tradicionais e inserir a agenda liberal nas propostas para a economia. O registro foi aprovado no Tribunal Superior Eleitoral em 2015.

Na primeira eleição que disputou, Amoêdo, se apresentou com um discurso em favor de uma “nova forma de fazer política”. Sem coligação com outro partido, Amoêdo tinha direito a somente 5 segundos por bloco de propaganda no rádio e na TV.

Amoêdo é formado em engenharia e administração de empresas, trabalhou no Citibank, BBA-Creditansalt e na financeira Fináustria. Foi vice-presidente do Unibanco e membro do conselho de administração do Itaú-BBA.

Fonte: G1

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