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Candidatos a governador do RJ no g1: Neves, Freixo e Castro falaram na primeira semana; confira destaques

Por Redação em 27/08/2022 às 03:41:53
Todos os nove postulantes ao Palácio Guanabara foram convidados. Série de entrevistas continua semana que vem. Rodrigo Neves, Marcelo Freixo e Cláudio Castro

Marcos Serra Lima/g1

O podcast Desenrola, Rio, do jornalista Edimilson Ávila, convidou os nove candidatos ao governo do RJ para uma entrevista sobre propostas e desafios.

Ao longo desta semana, Rodrigo Neves (PDT), Marcelo Freixo (PSB) e Cláudio Castro (PL) conversaram por uma hora cada um — os candidatos obtiveram 5% ou mais na pesquisa Ipec do último dia 15.

Os outros seis serão ouvidos a partir de segunda-feira (26) e terão 20 minutos de entrevista.

A ordem foi definida em sorteio. Veja destaques de todas as entrevistas já realizadas e confira quando serão as próximas.

Rodrigo Neves 01

Reprodução

Rodrigo Neves (PDT)

O ex-prefeito de Niterói foi o primeiro da série de entrevistas, na segunda-feira (22).

Neves falou sobre o combate à fome e o desemprego no estado. Ele prometeu pagar uma renda mínima de R$ 500 para cerca de 800 mil famílias e criar frentes de trabalho para saneamento e educação: “A nossa projeção é criar 150 mil empregos com esse programa de frente de trabalho nos dois primeiros anos de governo.”

Edimilson Ávila entrevista Rodrigo Neves, candidato do PDT ao governo do estado do Rio

Rodrigo Neves prometeu que, se eleito, vai iniciar já no primeiro mandato a obra da Linha 3 do metrô, ligando Itaboraí, São Gonçalo e Niterói ao Centro do Rio.

“Fizeram a Linha 4, que atende 30 mil a 40 mil pessoas, e não fizeram metrô dos mais pobres”, criticou.

“Não é possível o morador de Itaboraí e de São Gonçalo levar quatro horas na Niterói-Manilha e na Ponte para chegar ao Centro do Rio. Então, nós vamos fazer a Linha 3 do metrô, que estava prevista para ser feita antes da Linha 4. Não houve compromisso popular e social de fazer o metrô para os mais pobres”, afirmou.

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O pedetista também rebateu denúncias sobre sua administração. Ele foi preso durante o mandato em 2018.

“Eu fui sequestrado, a prisão foi ilegal”, disse.

“Eu nunca fui ouvido. Com base numa falsa delação de uma pessoa de Resende que não era de Niterói nem prestava serviços à prefeitura, uma falsa delação premiada, se tentou tomar de assalto a prefeitura”, afirmou.

“Depois de algumas semanas, o Tribunal de Justiça declarou ilegal aquela prisão, arquivando aquilo que tinha ensejado aquela ação ilegal, infame e arbitrária que eu sofri por uma decisão monocrática. E eu retornei à prefeitura e saí com mais de 80% de aprovação”, emendou.

Confira mais trechos:

Marcelo Freixo (PSB)

Marcelo Freixo, candidato do PSB ao governo do RJ, dá entrevista ao g1

Marcos Serra Lima/g1

O deputado federal foi o segundo a conversar com Edimilson Ávila, na terça-feira (23).

O deputado federal falou sobre ser contra liberar as drogas e sobre a redução da letalidade policial. Freixo prometeu ainda o Bilhete Único a R$ 7 com três modais e afirmou que o combate à fome será prioridade no começo de seu governo.

Edimilson Ávila entrevista Marcelo Freixo, candidato do PSB ao governo do estado do Rio

“Eu mudei de opinião a partir de escutar a sociedade. É um momento muito sério o que vivemos. Eu não posso concordar com nada que divida ainda mais a sociedade brasileira. Hoje tem pai que não fala com filho, irmão que não fala com irmão. Qualquer assunto que nos remeta a dividir ainda mais a sociedade, eu não sou favorável nesse momento. O momento é de diálogo”, comentou o candidato.

O pessebista apresentou o Projeto Prosperidade, inspirado na Região Metropolitana da Cidade do México. “A minha política de segurança vai ser pelo número de pessoas vivas”, disse Freixo.

“Nós vamos colocar isso em 10 lugares no primeiro ano. Tem esportes, cultura, assistência. Está integrado à rede pública. Você faz uma redução de letalidade, uma redução da violência”, defendeu.

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Freixo disse também que as operações policiais “vão ser planejadas e precisam ser controladas”. “Ela não pode ser banalizada. Um sucesso de política pública de segurança não pode ser o número de pessoas mortas”, disse.

“Então, por exemplo, você tem uma guerra de facção acontecendo ou uma invasão de milícia, uma invasão de tráfico. É óbvio que a polícia tem que entrar. Com responsabilidade, é uma medida, mas não é a única e nem a primeira”, detalhou.

Sobre transportes, Freixo disse que a Linha 3 do metrô, para Niterói e São Gonçalo, é prioridade, mas “é muito cara e depende do governo federal, do BNDES”.

O candidato defendeu terminar a extensão da Linha 2 até a Carioca e a Praça 15, “que já está adiantada”, e resolveria o “gatilho das Barcas”.

Confira mais trechos:

Cláudio Castro (PL)

Cláudio Castro durante entrevista ao g1

Marcos Serra Lima/g1

O governador encerrou a primeira semana de entrevistas, na quarta-feira (24).

Castro defendeu o Ceperj — a fundação de estudos do governo envolvida no escândalo dos “cargos secretos”, prometeu melhoras nos transportes e diz que não celebra mortes em operações.

O governador admitiu problemas em contratações de pessoas para projetos do Centro de Estudos e Pesquisas do Estado (Ceperj). Contudo, segundo ele, o "erro de poucos está prejudicando milhares de pessoas".

Cláudio Castro afirmou que dentro de 15 dias vai apresentar o nome de todas as pessoas contratadas pelo Ceperj que cometeram irregularidades.

"Eu não neguei em momento algum que tem problema. Tem problema sim, e a gente tem que punir quem errou. Eu me comprometo que em 15 dias nós vamos entregar um relatório com todas essas pessoas que erraram. Eu vou mandar um PAD e enviar todas essas pessoas para o Ministério Público", prometeu o candidato.

Edimilson Ávila entrevista Cláudio Castro, candidato do PL ao governo do estado do Rio

Em transportes, o governador disse prever um aumento na Supervia já para o início de 2023. “Se a agência [Agetransp] liberar e nós percebermos que as cláusulas foram todas cumpridas”, pontuou.

Castro disse que o valor estimado de R$ 7 para a passagem “não é razoável”. “Todos eu negociei para baixo, muito para baixo”, afirmou.

“Lembrando que no dia 30 de novembro eu tenho encontro com eles definitivo, que é onde a gente vai ver as melhorias ou não. E ali, se realmente não tiver melhorado, tem toda a condição de a gente tomar uma decisão drástica, que é reconcessionar”, destacou.

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Confrontado com operações letais — três das cinco onde a polícia mais matou foram durante seu mandato —, Cláudio Castro disse que não “celebra a morte” de ninguém.

“O Cláudio Castro pegou uma política onde o governador celebrava a morte. Cláudio Castro não celebra a morte de ninguém; agora o Cláudio Castro tem lado: o das é das famílias e o da segurança pública”, disse.

“Não há quem puna mais os seus do que a Polícia Militar e a Polícia Civil do RJ. A gente não passa a mão na cabeça de quem erra. Mas quem aponta uma arma para o policial é para mim, é para você que está apontando, é para a sociedade e para o cidadão de bem. Isso eu não vou tolerar”, afirmou.

Castro também defendeu o Cidade Integrada — o programa de ocupação social de comunidades dominadas pelo tráfico, hoje presente no Jacarezinho e na Muzema —, que será ampliado caso seja reeleito. “Tem que ser celebrado. Há uma intenção clara de dar certo. É a nossa maior esperança”, disse.

O candidato não quis dizer para onde o Cidade Integrada vai, “porque ele é 100% técnico”.

O governador afirmou que, se for eleito, vai aumentar os salários dos professores da rede estadual de educação. Contudo, ele não garantiu que o reajuste será capaz de equiparar o valor ao piso nacional da categoria, que é de R$ 3.845.

"(o aumento de salários) É um compromisso meu. O ano que vem é o ano da educação", disse Castro.

Confira mais trechos:

Próximas entrevistas:

Wilson Witzel (PMB): segunda (29), às 14h

Paulo Ganime (Novo): terça (30), às 14h

Eduardo Serra (PCB): quarta (31), às 14h

Cyro Garcia (PSTU): quinta (1º), às 14h

Luiz Eugênio (PCO): sexta (2), às 14h

Juliete Pantoja (UP): segunda (5), às 14h

Fonte: G1

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