Giovana Berto da Silva, de Cabreúva (SP), teve o rosto e o cabelo queimados após recipiente com álcool que aquecia disco de churrasco explodir. Jovem de 19 anos teve alta e se recupera em casa. Jovem foi internada após queimaduras no rosto em festa de aniversário
Arquivo pessoal
A jovem de 19 anos que sofreu queimaduras no rosto depois que um recipiente com álcool que aquecia um disco de churrasco explodiu, no dia 1º de julho, em Cabreúva (SP), se recupera em casa e comemora por não precisar de cirurgia plástica.
Ao g1, Giovana Berto da Silva conta que a recuperação foi boa, e que não será necessário passar por procedimentos estéticos no rosto, como enxerto, pois não ficaram sinais das queimaduras.
"Não lembro do acidente, só me recordo do momento em que fui levada para a UPA, e logo já fui intubada. Graças a Deus as queimaduras não foram tão graves. Posso dizer que nasci de novo", comenta Giovana.
O caso
O acidente aconteceu em 1º de julho, na cidade de Cabreúva. No dia do acidente, Giovana estava com amigos comemorando o aniversário.
Segundo Wellington Ramos, namorado da vítima, o incidente ocorreu por volta das 11h20, quando eles foram completar o líquido no tacho. As queimaduras não afetaram gravemente o rosto e o cabelo de Giovana.
Wellington lembra que conseguiu se afastar e não se machucou. "Não me assustei, apenas pensei em apagar o fogo", conta.
Após o acidente, a paciente foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade e, em seguida, transferida para o Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí (SP).
Com a gravidade, Giovana foi encaminhada para o Hospital Geral Vila Penteado, referência em queimados, em São Paulo, e teve alta no dia 12 de julho.
Queimadura por álcool
A uma concentração alta, o álcool é altamente inflamável. No Brasil, acidentes com a substância acontecem principalmente quando ela é usada em churrasqueiras e para limpeza.
A queimadura por álcool é uma queimadura térmica. O que determina a gravidade da queimadura não é o agente, o fogo gerado pela gasolina, por um incêndio, um óleo, e, sim, o tempo de ação daquele fogo sobre a pele e a extensão da queimadura.
Segundo o cirurgião plástico Wandir Schiozer, quanto mais tempo o fogo ficar em contato com a pessoa, mais profunda se torna a queimadura e mais grave fica o caso, fazendo com que o organismo comece a entrar em um tipo de falência, com a perda de eletrólitos. A diminuição de líquidos do corpo leva a uma reação inflamatória sistêmica, sendo fatal em casos mais graves.
As cicatrizes são definidas de acordo com a classificação da queimadura, sendo mais profundas ou mais superficiais. "Casos mais simples e tratados da forma correta às vezes acaba nem deixando marca na pele", explica o médico.
"Deve-se ter muito cuidado no manuseio desse tipo de substância, pois, se a chama atinge o recipiente, o mesmo vira uma bomba. O fogo entra na garrafa, tornando uma combustão instantânea e fazendo com que ocorra a explosão", finaliza.
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