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Pela primeira vez uma pesquisa do IBGE tenta mapear a orientação sexual dos brasileiros

Por Redação em 26/05/2022 às 03:09:26
Atualmente, no Brasil, quase 3 milhões de pessoas se dizem gays, lésbicas ou bissexuais - é o equivalente a 1,8% da população. Ativistas acreditam que pode haver subnotificação. Pela primeira vez uma pesquisa do IBGE tenta mapear a orientação sexual dos brasileiros

Pela primeira vez uma pesquisa do IBGE tenta mapear a orientação sexual dos brasileiros.

A vida em família era um sonho antigo da Kátia e da Mariana. Mas antes de chegar até aqui, as duas - juntas há dez anos - precisaram enfrentar uma rede de preconceito. A primeira resistência veio da família. Depois, do grupo de montanhismo que frequentam.

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“Hoje, a gente tem um acolhimento que vem muito desse grupo, que faz a gente ter cada vez mais confiança para ser quem a gente é. Mas realmente no começo foi difícil”, conta a enfermeira Kátia Pacheco Perensim.

“Chega uma hora que não tem jeito mais: ou você vai ser feliz ou você vai agradar as pessoas”, diz a advogada Mariana Lopes dos Santos.

Essa foi a primeira vez que o IBGE pesquisou de perto a orientação sexual dos brasileiros. O levantamento mapeou as pessoas por sexo, cor ou raça, idade, nível de instrução, renda e local de moradia. Hoje, no Brasil, quase 3 milhões de pessoas se dizem gays, lésbicas ou bissexuais - é o equivalente a 1,8% da população. Entre os mais jovens, esse percentual é maior: 4,8% entre 18 e 19 anos.

A Pesquisa Nacional de Saúde se baseia em dados coletados em 2019 e aponta que, entre brasileiros de 18 a 29 anos, 4,8% se declaram homossexuais ou bissexuais. A fatia da população que se identifica como gay, lésbica ou bissexual também é maior conforme o aumento da escolaridade e da renda. Ativistas acreditam que pode haver subnotificação.

“Achamos que, para primeira pesquisa, o número foi baixo. Nós somos, na média, entre 5% a 10% da população brasileira, porque nós temos pesquisas de amostragem. E também não se pesquisou a identidade de gênero. Então, as pessoas trans ficaram de fora dessa pesquisa”, diz Toni Reis, diretor da Aliança Nacional LGBTI+.

“Então, 1,8% da população é de pessoas que, de alguma forma, se sentiram confortáveis e certas dessa definição, dessa autoidentificação e relataram para o IBGE. Nós entendemos que esse resultado pode estar subestimado, sim. Nem sempre a privacidade de responder foi possível”, afirma Lúcia Vieira, coordenadora da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE.

“É importante dizer, nós existimos, nós estamos aqui, nós não somos mais uma hipótese, nós somos uma realidade e a gente precisa desse olhar, desse cuidado, como todas as outras famílias”, afirma Mariana Lopes dos Santos.

Fonte: G1

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