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Pacheco critica proposta de Bolsonaro de auditoria privada e diz que responsabilidade por eleições é da Justiça Eleitoral

Por Redação em 06/05/2022 às 19:21:08
Presidente afirmou que empresa privada será contratada pelo PL, ao qual é filiado. 'Não cabe a nenhuma entidade privada ou outra instituição participação', disse presidente do Senado. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante entrevista no Senado em que criticou a proposta do presidente Jair Bolsonaro de auditoria privada das eleições

Reprodução / TV Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no exercício da Presidência da República nesta sexta-feira (6), criticou em entrevista coletiva a proposta do presidente Jair Bolsonaro de contratar uma empresa privada para fazer uma auditoria do processo eleitoral.

Na noite desta quinta, em transmissão ao vivo por redes sociais, Bolsonaro afirmou que, por meio do PL, partido ao qual é filiado, contratará uma empresa para fazer auditoria nas eleições. "Até adianto para o TSE: essa auditoria não vai ser feita após as eleições. Uma vez contratada, ela já começa a trabalhar. A empresa vai pedir ao TSE, com toda certeza, uma quantidade grande de informações" declarou o presidente.

Para o senador Rodrigo Pacheco, que assumiu a Presidência da República devido a viagens ao exterior de Bolsonaro, do vice Hamilton Mourão e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a responsabilidade pelas eleições é da Justiça Eleitoral e "não cabe" a outra instituição ou a uma empresa privada atuar sobre o processo eleitoral.

"A responsabilidade pelo processo eleitoral cabe a uma Justiça especializada no Brasil, liderada pelo TSE, tem uma estruturação Brasil afora, que é a Justiça Eleitoral. A ela cabe a confiança dos brasileiros e da sociedade sobre a higidez do processo eleitoral, do processo de apuração das eleições. Não cabe a nenhuma entidade privada ou outra instituição a participação na contagem ou recontagem de votos porque esse é um papel da Justiça Eleitoral", afirmou Pacheco.

O presidente do Senado acrescentou considerar "legítimo" algum tipo de participação privada de empresa especializada, no acompanhamento do pleito, mas dentro de limites que não incluem "a contagem de votos".

Ao ser indagado sobre declarações de Bolsonaro contra o sistema eleitoral, ele disse que "questionamentos que não têm justa causa" atrapalham as instituições.

"Esses questionamentos [de Bolsonaro sobre o processo eleitoral], uma vez feitos, eles não contribuem, e cabe à Justiça Eleitoral e a todas as instituições reafirmarem a garantia do processo eleitoral e demonstrar isso para toda a sociedade brasileira. Eu tenho plena confiança nas nossas eleições correndo dentro da normalidade, através das urnas eletrônicas, uma vez que foi superada a tese do voto impresso pelo Congresso", afirmou.

Para o presidente do Senado, a desconfiança manifestada por Bolsonaro não tem "justa causa".

"Todo o questionamento institucional às instituições, questionamentos que não têm justa causa, não tem lastro probatório ou legitimidade são questionamentos que não contribuem e, consequentemente, podem, sim, atrapalhar o bom andamento das instituições", declarou.

Fonte: G1

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