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Museu de Arte Sacra oferece réplicas em 3D para deficientes visuais em Cuiabá

Por Redação em 14/04/2022 às 15:52:36
Impressoras com tecnologia de ponta foram usadas pra fazer essas réplicas de plástico em três dimensões a partir de fotos de alta resolução. Museu de Arte Sacra oferece réplicas em 3D para deficientes visuais

O Museu de Arte Sacra de Mato Grosso, em Cuiabá, está ampliando a acessibilidade para os visitantes. Agora, quem tem deficiência visual pode ter uma percepção mais realista das peças históricas que estão em exposição.

O museu fica nas dependências da antiga Escola de Padres, ao lado do Santuário Nossa Senhora do Bom Despacho.

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Ir até o local é como fazer uma viagem no tempo, que dura 400 anos. O acervo tem centenas de obras dos séculos XVII ao XX e que marcaram a vida religiosa dos cuiabanos.

Faz com que a gente conte a história da nossa cidade. O visitante, ao vir aqui dentro, vai ouvir sobre a nossa história. Ao mesmo tempo, falando da nossa memória, da nossa identidade, e, assim, nos reconhecermos como cuiabanos e mato-grossenses e pertencermos a esse lugar", diz a diretora do Museu de Arte Sacra, Viviene Lozi.

O patrimônio histórico não é para ser tocado. Mas, agora, com o tato é possível conhecer 43 das peças mais importantes do museu. Impressoras com tecnologia de ponta, da Universidade Federal de Mato Grosso, foram usadas pra fazer essas réplicas de plástico em três dimensões a partir de fotos de alta resolução.

Imagens devocionais e estruturas de madeira que decoravam a igreja ficaram ao alcance das mãos. Um dos exemplos é um retábulo todo esculpido no cedro-rosa e em estilo barroco, que é um dos que faziam parte da antiga Catedral do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.

Ele tem oito metros de altura por quatro de largura. A impressão em três dimensões fez uma réplica dessa obra em uma escala 20 vezes menor que pode ser tocada por inteiro, de alto a baixo.

"As peças são totalmente originais, inspiradas nas que existem no museu, de forma que a pessoa pode compreender o que é a peça. Por isso, é importante não reproduzir todos os detalhes, mas sim os mais importantes, para ela compreender globalmente o que é", explica o professor de arquitetura da UFMT, Maurício de Oliveira.

Além dos móveis do quarto de Dom Aquino, estão entre as peças que foram replicadas a antiga catedral, demolida há 53 anos, que ganhou uma réplica 250 vezes menor. Os visitantes aprovaram a novidade.

A estudante Beatriz Andrade é uma delas. "Acho importante ter acessibilidade para todos na sociedade. É muito interessante porque todos vão conseguir identificar os detalhes das obras", relata.

A Kayenne Pereira, que é deficiente visual, gostou ainda mais da experiência. Agora, ela pode ver com as mãos as imagens religiosas tão importantes pra ela.

"Aqui na exposição tive a oportunidade de pegar objetos que durante a missa que tem nas igrejas nós não conseguimos pegar. Como precisamos enxergar com as mãos, precisamos chegar perto. Essa foi uma grande oportunidade para suprir a necessidade de sentir aquilo que sempre foi muito importante

Fonte: G1/MT

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