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Ministro diz que agressão da RĂșssia à Ucrânia Ă© inadmissĂ­vel

Por Redação em 06/04/2022 às 15:40:16

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, classificou, nesta quarta-feira (6), como inadmissĂ­vel a agressão da RĂșssia à Ucrânia. Cobrado sobre uma posição clara do Brasil em relação ao conflito em audiĂȘncia pĂșblica na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, França rechaçou crĂ­ticas de que o Brasil tenha uma posição dĂșbia sobre o tema.

"No caso desse conflito, nós temos um lado claro, que é a paz mundial. A agressão é inadmissĂ­vel. No momento em que hĂĄ um conflito armado e a invasão de território, nós entendemos que a RĂșssia cruzou uma linha vermelha. Quanto a isso não hĂĄ dĂșvida em relação à posição do Brasil. O lado do Brasil estĂĄ muito claro. É a defesa do interesse nacional e a busca pela paz. E essa posição é respeitada aĂ­ fora", afirmou.

Ainda segundo o chanceler, o governo brasileiro defende o "imediato cessar fogo" e "a proteção de civis e a garantia de acesso à assistĂȘncia humanitĂĄria" às vĂ­timas da guerra.

Abstenção

Sobre a decisão do governo brasileiro de se abster em uma resolução contra a RĂșssia, analisada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a CiĂȘncia e a Cultura (Unesco) no mĂȘs passado, Carlos França disse que a posição foi tomada pelo fato do governo brasileiro acreditar que o Ășnico foro adequado para essas discussões é o Conselho de Segurança da ONU.

"É perigoso para o sistema multilateral que organizações passem a tratar e a legislar sobre matérias que são estranhas à sua competĂȘncia. Senão amanhã, talvez, a Organização Internacional do Trabalho [OIT] e a Organização Mundial de Propriedade Intelectual podem querer fazer uma resolução condenando o Brasil em questões de meio ambiente", defendeu, lembrando que o documento foi aprovado por 33 votos e com um alto nĂșmero abstenções, 24.

A resolução, proposta pelos paĂ­ses ocidentais, denuncia que "vĂĄrios edifĂ­cios educacionais jĂĄ foram destruĂ­dos ou danificados [na Ucrânia], como o edifĂ­cio da Universidade Nacional Karazin, em Kharkiv".

Sanções econômicas

O ministro Carlos França voltou a criticar sanções econômicas que paĂ­ses do Ocidente impuseram à RĂșssia como forma de pressionar por um cessar-fogo.

"Eu entendo o uso de sanções pela Europa e pelos Estados Unidos. Era a arma que eles tinham naquele momento para se contrapor ao conflito. No entanto, não posso deixar de estranhar o fato da seletividade das sanções", disse. França discordou de comentĂĄrios vindos de embaixadores europeus de que se Brasil aderir logo às sanções, como os outros paĂ­ses, o mundo teria o fim mais rĂĄpido do conflito.

"A própria Alemanha sofre com a possibilidade de deixar de contar com energia do combustĂ­vel russo para sua indĂșstria, para aquecimento de sua população, para geração de energia. Se até esses paĂ­ses tĂȘm dificuldade, que dirĂĄ o Brasil que depende dos fertilizantes para manter girando o motor muito pujante que é o do agronegócio", disse.

Ainda segundo o ministro, as sanções tendem a atender os interesses de um grupo pequeno de paĂ­ses, prejudicando a larga maioria, que depende de insumos bĂĄsicos. Do ponto de vista econômico, França admitiu que a principal preocupação do governo brasileiro estĂĄ ligada ao fornecimento de fertilizantes. "São indispensĂĄveis para agricultura e para segurança alimentar do mundo", ressaltou.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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