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Pantaneiros e Ongs manifestam contra ameaças a rios de MT: 'Diga não à morte do Pantanal'

Por Redação em 22/03/2022 às 13:35:35
Segundo os organizadores, os impactos já são identificados em diversas comunidades rurais e nas cidades banhadas pelo rio Paraguai. Cartazes foram exibidos por manifestantes em Rio de Cáceres (MT)

Divulgação

Pescadores, pantaneiros, comitês populares de rios de Mato Grosso, estudantes e Ongs fizeram uma manifestação contra as ameaças e impactos ao rio Paraguai e Pantanal, em Cáceres, a 250 km de Cuiabá, nessa terça-feira (22), Dia Mundial da Água.

Placas como "Diga não a morte do Pantanal", "Hidrovia mata o rio" e "Tem veneno nas águas do (rio) Facão", foram exibidas pelos manifestantes, no cais da Praça Barão do Rio Branco, no Centro de Cáceres. Eles também cantavam músicas pantaneiras em defesa dos rios.

Pantaneiros e Ongs fazem manifesto em defesa dos rios Paraguai e Pantanal

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Em um dos cartazes, a os pantaneiros diziam: "Até quando vamos continuar matando nossos rios?".

Segundo os organizadores, os impactos já são identificados em diversas comunidades rurais e nas cidades banhadas pelo rio Paraguai, seja pela seca que se intensifica a cada ano, queimadas e incêndios, ou por causa da contaminação das águas por agrotóxicos, a exemplo do rio Facão, localizado na área rural de Cáceres.

Dentre os impactos que serão debatidos na Casa de Leis, está a licença prévia para o Porto de Barranco Vermelho, autorizada pelo Conselho de Meio Ambiente de Mato Grosso (Consema) em janeiro, apesar do processo conter mais de 100 irregularidades.

Pantaneiros e Ongs fazem manifesto em defesa dos rios Paraguai e Pantanal

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Para Herman Oliveira, secretário executivo do Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), todos os projetos que passam pelos órgãos de licenciamento como Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e Sema e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devem ser analisados em seu conjunto, dimensionando os impactos sinérgicos e cumulativos.

Ele afirma que é inviável analisar os empreendimentos única e exclusivamente pelo impacto imediato.

O secretário também defende que, em relação ao Pantanal, é urgente a suspensão de todos os licenciamentos e atividades predatórias como mineração, hidrelétricas, principalmente, seguidas da recuperação de matas ciliares e nascentes para que os rios voltem a ficar minimamente dentro dos parâmetros sustentáveis.

Para Isidoro Salomão, da Sociedade Fé e Vida e do Comitê Popular do Rio Paraguai, é urgente produzir alimentos por meio da agroecologia e lutar contra as ameaças, como a hidrovia”.

Fonte: G1/MT

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