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Entregador se equilibra em moto para trabalhar após perder perna em acidente no litoral de SP

Por Redação em 16/02/2022 às 15:30:42
Atualmente, motoboy de Santos (SP) trabalha sem prótese, mas precisa comprar uma perna mecânica que custa R$ 22 mil para melhorar sua qualidade de vida. Entregador perdeu a perna em acidente e precisa de uma prótese para melhorar sua qualidade de vida

Arquivo Pessoal

O entregador André Torrieri, de 47 anos, perdeu uma perna durante um acidente de moto, e agora precisa se equilibrar no veículo para continuar trabalhando. Ele e a esposa têm organizado rifas para conseguir comprar uma prótese, para que ele tenha uma melhor qualidade de vida.

O morador de Santos, no litoral de São Paulo, estava ajudando a esposa com as entregas da lanchonete de propriedade dela, quando sofreu o acidente, em 2019. Ele estava de moto, e tinha acabado de realizar uma entrega, quando foi atingido por outra moto. “Dois menores estavam dirigindo e bateram contra ele com a moto. Quando eu fui ao local, só tinha sangue, e o joelho estava debaixo da moto", afirma a esposa, Alecsandra Torrieri, de 49 anos.

Segundo ela, a cliente ouviu o barulho do acidente e correu para ajudar ele. "Em nenhum momento ele desmaiou, mas a dor estava tão insuportável que ele pediu para o médico do Samu apagar ele", relata a esposa.

“Era quase 0h quando ele foi operado, e passou três dias na UTI”, relata Alecsandra. Depois disso, foram meses de cuidado e reabilitação.

“Minha recuperação foi rápida, em três meses já consegui voltar a trabalhar, já que não pude me aposentar pelo INSS”, afirma André. Ele iniciou tratamento no Centro de Medicina de Reabilitação Lucy Montoro de Santos, e lá, ganhou uma prótese do Sistema Único de Saúde (SUS).

André precisou tirar uma nova Carteira Nacional de Trânsito (CNH), específica para pessoas com necessidades especiais, e logo em seguida voltou a trabalhar como motoboy, desta vez de forma fixa. “Muitos clientes nem percebem que eu não tenho a perna. Os que percebem me parabenizam pelo meu esforço”, diz.

O entregador trabalha das 18h à 0h, e às vezes complementa o expediente de forma avulsa. No começo, André realizava as entregas de carro, mas quando começou a pandemia, se sentiu à vontade para tentar voltar a andar de moto. "Adaptei um pedal de bicicleta para ter equilíbrio novamente e continuar andando de moto", descreve.

Nova prótese

Durante o acompanhamento no Centro de Medicina de Reabilitação Lucy Montoro de Santos, ele chegou a ganhar uma prótese, mas, segundo ele, esse suporte não cabe mais. “Meu coto afinou, e devido à baixa qualidade da prótese, eu não consigo mais usar ela”, relata.

André publicou em suas redes sociais, no último sábado (12), um apelo para que os internautas participassem de uma rifa, que inclui combos de lanche da lanchonete da esposa.

A prótese custa cerca de R$ 40 mil, mas André conseguiu um orçamento de R$ 22 mil na Capital. Além da rifa, ele e Alecsandra organizaram uma arrecadação online, mas até o momento só conseguiram R$ 1.500.

“Essa prótese com desconto não é própria para o meu peso, mas me daria um andar melhor, e seria à prova d"água, poderia trabalhar sem medo”, afirma.

André chegou a tentar contratar crédito bancário para comprar a prótese, porém, devido à baixa renda da família, o financiamento do casal ficou restrito.

Apesar da dificuldade da situação, a família acredita que logo conseguirá a nova prótese. “Tudo o que falam que ele não vai conseguir, ele faz para provar que pode. Ele já andou até a cavalo, e atualmente também consegue andar de bicicleta”, conclui a esposa.

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Fonte: G1

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