Calendario IPVA 2024

Funcionários de empresa investigada por sonegação fiscal protestam pedindo para voltar a trabalhar

Por Redação em 15/02/2022 às 12:28:09
Empresas tiveram contas bloqueadas e estão proibidas de emitir cupons fiscais por determinação judicial da 17ª Vara Criminal da Capital. Funcionário fardados foram ao MPE onde pediram para se reunir com promotores que investigam o caso

Karla Vilela - TV Gazeta

Funcionários de uma loja de sapatos realizaram um protesto nesta terça-feira (15) em frente ao Ministério Público Estadual (MP-AL), no bairro do Poço em Maceió, onde pedem a garantia da manutenção dos direitos trabalhistas, como o pagamento de salários. A empresa que eles trabalham tive as contas bloqueadas e estaria proibida de emitir cupons fiscais por ser alvo da operação Talaria, que investiga um esquema de sonegação fiscal que pode ter ultrapassado R$ 45 milhões ao longo de 10 anos.

Para os funcionários, o bloqueio da emissão dos cupons fiscais coloca em risco o pagamento dos salários dos funcionários da loja.

“As lojas não estão lacradas, não estão fechadas, mas nós hoje não podemos vender um só par de meias, uma vez que não temos como emitir o cupom fiscal. Caso abríssemos a loja e realizássemos qualquer tipo de transação nós estaríamos cometendo crime de sonegação. Aí sem vender como é que nós poderemos cobrar nossos salários ao nosso patrão? Nós queremos a garantia dos nosso direitos. Todos estamos com medo de chegar o dia e não receber os salários porque a loja está com as contas bloqueadas”, afimou José João Nascimento, gerente de uma das lojas investigadas.

De acordo com a assessoria de comunicação do Ministério Público de Alagoas, a empresa não foi fechada por determinação judicial nem foi impedida de funcionar. O g1 tentou contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Fazenda para saber sobre a situação do CNJ da empresa, mas ainda não obteve resposta.

A operação Talaria cumpriu, no dia 10 de fevereiro, 13 mandados judiciais expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. Foram apreendidos veículos, documentos e aparelhos eletrônicos que estão sendo analisados pelo Ministério Público, Secretaria de Fazenda, Polícia Civil e Instituto de Criminalística.

Os mandados tiveram como alvo empresas de sapatos e pessoas físicas ligadas a esses estabelecimentos comerciais. A Justiça também determinou o bloqueio de contas-correntes e bens móveis e imóveis de pessoas físicas e jurídicas investigadas.

Segundo o promotor Cyro Blatter, coordenador do Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), o esquema ocorre há mais de 10 anos em Alagoas. “Também é importante esclarecer que a Secretaria de Fazenda já adotou as providências cabíveis visando suspender a prática contumaz dessa sonegação e eventual lavagem de bens”, disse i promotor no dia em que a operação Talaria ocorreu.

Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL

Confira mais notícias da região em g1 AL

Fonte: G1

Comunicar erro
Radio Jornal de Caceres
InfoJud 728x90
Combate a dengue 2023
Garotas de programa Goiania