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Vocalistas da Timbalada lamentam morte de Paulinho Camafeu: 'Deixou um legado para história da Bahia'

Por Redação em 30/11/2021 às 13:33:41
Músicos exaltaram a vida e obra do compositor e classificaram o trabalho de Camafeu como muito além da área musical. Ele morreu aos 73 anos, em Salvador?, em decorrência de problemas cardíacos. Paulinho Camafeu

Reprodução/Redes Sociais

Os vocalistas da Timbalada, Denny Denan e Buja Ferreira, lamentaram a morte do compositor Paulinho Camafeu.

Compositor abriu portas do mundo negro e foi gravado por Gil, Fafá, Bell e outros

Em entrevista ao g1 nesta terça-feira (30), Denny, que está de volta aos microfones da Timbalada após de cinco anos em carreira solo, fez questão de agradecer o tempo de convivência com Paulinho e disse que ficou consternado ao receber a notícia da partida do compositor.

"Assim que eu acordei, já recebi essa notícia. A gente ficou muito triste. Eu, particularmente, porque convivi um bom tempo com ele na Timbalada, desde o começo há 30 anos. E fiquei muito triste com a partida dele”, disse o cantor.

Paulinho morreu na noite de segunda-feira (29), aos 73 anos, em Salvador?, em decorrência de problemas cardíacos. Ele era autor de hinos do Axé Music e também foi responsável por obras da própria Timbalada, como Sambaê.

"Paulinho Camafeu fez parte da Timbalada. Ele foi um Timbaleiro. Tanto que tem músicas, como "Sambaê", que é de autoria dele e de Carlinhos [Brown]. Ele deixou um legado musical muito grande. Não só para a Timbalada, mas para a história da Bahia. Está aqui o nosso grande agradecimento e que Deus conforte a família e os amigos”, lamentou Denny.

Trabalho que vai além das fronteiras musicais

Paulinho Camafeu

Reprodução/Redes Sociais

Autor de inúmeros hinos do Axé Music, como “Ilê Aiyê” (Que bloco é esse?), “Afoxé Badauê”, e “Menina do Cateretê”, a história de Camafeu se confunde com a da música da Bahia.

PAULINHO CAMAFEU: Quem foi o compositor que abriu portas do mundo negro com a música

Camafeu escreveu canções com letras que iam do duplo sentido até composições que mostraram ao mundo a força dos tambores dos blocos afro de Salvador fazendo do samba reggae um ritmo universal.

Apesar de ser dono de inúmeros sucessos, foi mostrando a força e a potência do povo negro que Camafeu ganhou um dos seus maiores troféus: o reconhecimento por um hino. Ilê Aiyê (Que bloco é esse?) foi gravada por Gilberto Gil, Daniela Mercury, Sandra de Sá, Daúde, O Rappa, Afroreggae, além do próprio Ilê Aiyê.

Camafeu era filho de músicos e teve uma trajetória sempre ligada à cultura. O músico era de uma geração de baianos que viveu um outro carnaval, das antigas folias das escolas de samba baianas e fez a transição para a folia atual. Um personagem que viveu a história da Bahia e tratou de eternizá-la nas suas composições.

Conviveu com nomes como Capinan e Wally Salomão a Gilberto Gil, Luiz Caldas e toda geração do Axé 80. Nas letras de Camafeu, os blocos de índio de Salvador, como o Apaxés do Tororó, também ganharam espaço e sacudiram, literalmente, multidões.

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Fonte: G1

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