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Lira se reĂșne com base governista para tentar viabilizar aprovação da PEC dos Precatórios

Por Redação em 03/11/2021 às 15:00:15
Texto abre espaço no Orçamento de 2022 para bancar novo programa social do governo. Presidente da Câmara tenta acordo com lideranças; sessão foi marcada para as 18h. LĂ­deres da Câmara se reĂșnem na tarde desta quarta (3) para discutir a PEC dos Precatórios

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu com lĂ­deres de partidos aliados de Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (3) para tentar viabilizar a aprovação da proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.

Lira convocou uma sessão extraordinĂĄria para as 18h desta quarta, na tentativa de colocar o texto em votação. O horĂĄrio é atĂ­pico – em geral, às quartas, a sessão começa às 14h ou às 15h.

O texto é uma das apostas do governo federal para viabilizar o pagamento do AuxĂ­lio Brasil de R$ 400, programa social que deve substituir o Bolsa FamĂ­lia.

Apesar do esforço do governo e do presidente da Câmara, deputados diziam estar céticos sobre a possibilidade de alcançar o quórum necessĂĄrio em uma quarta-feira pós-feriado.

Até as 14h15 desta quarta, 227 deputados haviam registrado presença na Casa. Para aprovar uma PEC, é preciso voto favorĂĄvel de pelo menos 308 deputados.

Parlamentares que integram a base do governo foram à residĂȘncia oficial da Câmara no inĂ­cio da tarde para tentar construir um consenso sobre o texto. A lista de presentes incluiu o relator da PEC, Hugo Motta (Republicanos-PB), o ministro da Cidadania, João Roma, e o lĂ­der do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Na Ășltima quarta-feira (27), a votação da matéria em plenĂĄrio foi adiada em razão do baixo quórum e da de acordo entre os deputados. O ministro João Roma fez um apelo, naquele momento, para que o texto fosse votado até a segunda semana de novembro para não travar o calendĂĄrio de pagamentos do AuxĂ­lio Brasil.

Conforme cĂĄlculos do Ministério da Economia, o projeto, se aprovado pelo Congresso, abrirĂĄ um espaço no Orçamento de 2022 de R$ 91,6 bilhões para novas despesas. O governo federal espera usar parte desse recurso para viabilizar o AuxĂ­lio Brasil de R$ 400, programa social que deve substituir o Bolsa FamĂ­lia.

O texto jĂĄ foi aprovado na comissão especial da Câmara, mas ainda precisa passar pelos plenĂĄrios da Câmara e do Senado, com voto favorĂĄvel de 3/5 dos parlamentares em dois turnos.

Saiba por que olhos da polĂ­tica estão voltados à PEC dos Precatórios

A PEC dos Precatórios

Em linhas gerais, a PEC fixa um limite, a cada exercĂ­cio financeiro, para as despesas com precatórios —dĂ­vidas da União jĂĄ reconhecidas pela Justiça. Além disso, altera a regra de correção do teto de gastos. Com isso, o governo liberaria espaço fiscal para pagar o AuxĂ­lio Brasil sem ferir juridicamente a regra do teto.

De acordo com o Ministério da Economia, os R$ 91,6 bilhões a serem gerados pela PEC incluem:

R$ 44,6 bilhões decorrentes do limite a ser estipulado para o pagamento das dĂ­vidas judiciais do governo federal (precatórios);

R$ 47 bilhões gerados pela mudança no fator de correção do teto de gastos, incluĂ­da na mesma PEC.

Segundo o secretĂĄrio especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, cerca de R$ 50 bilhões vão para reforçar o orçamento do programa AuxĂ­lio Brasil, que vai substituir o Bolsa FamĂ­lia, e R$ 24 bilhões para ajustar os benefĂ­cios vinculados ao salĂĄrio mĂ­nimo.


GrĂĄfico mostra como governo pretende usar espaço extra no teto de gastos — Foto: Kayan Albertin/g1
GrĂĄfico mostra como governo pretende usar espaço extra no teto de gastos

Fonte: G1

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