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Vice-presidente da Câmara diz que não há mais clima para votações: "Ano legislativo acabou"

Por Redação em 09/09/2021 às 08:43:13

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, considera que o ano legislativo na Casa "acabou", após as recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro durante atos de 7 de setembro. Nos discursos, entre outras coisas, o chefe do Executivo atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que não vai mais cumprir determinações do magistrado. As afirmações geraram reações no Congresso Nacional e partidos endossam pedidos de impeachment do mandatário. "Ele [Bolsonaro] explodiu as pontes de diálogo, da reconciliação com os poderes e com o campo democrático do país. Já empurrou PSDB para oposição, tende a ter efeito cascata, com PDT, Cidadania, Democratas, Solidariedade, o que somado dá quase 300 votos. Já cheguei a dizer, o ano legislativo acabou", afirmou. Na visão de Marcelo Ramos, é impossível aprovar propostas de interesse do governo, como a PEC dos precatórios e a reforma administrativa, por exemplo, nesse contexto político.

O parlamentar disse ainda que o Bolsonaro tem um "espírito conflituoso", que busca atritos, o que dificulta a conciliação e a resolução dos desafios do que chama de Brasil profundo. "Me parece que essa escolha [conflito] é decorrente da falta de condições de dar resposta para problemas reais. Problema real não é a briga com Alexandre de Moraes, abrir ou fechar o STF. O problema é ter 14 milhões de desempregados, 19 milhões com fome, 570 mil famílias enlutadas, a carne a R$ 45 o quilo, a gasolina a R$ 7,50, o gás a R$130, R$ 140, o juros de dois dígitos", acrescentou o vice-presidente, pontuando que cabe a Bolsonaro o protagonismo para enfrentar essas questões do país, o que não acontece.

Sobre as manifestações de 7 de setembro e as paralisações de caminhoneiros pelo país, Marcelo Ramos disse respeitar os atos, mas discordar das pautas levantadas. "O Brasil não são 140 mil na Paulista, são 200 milhões. Os 14 milhões de desempregados estão atrás de emprego, não estão na Paulista. Os 19 milhões que passam fome, essa gente não tá em Brasília", disse, criticando os bloqueios de estrada que, segundo ele, são uma "maldade com o Brasil" e promovem o desabastecimento. "Ser patriota é mais enrolar uma bandeira, vestir camiseta da seleção e cantar hino. Além de respeitar símbolos, é respeitar a nossa gente. Essas manifestações [caminhoneiros] fazem mal ao povo brasileiro e não pode ser patriota quem faz mal ao povo brasileiro.

Fonte: JP

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