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CPI revela tentativa de fraudar compra de testes de covid em Mato Grosso

Por Redação em 26/08/2021 às 15:30:28

O ex-funcionário da Anvisa José Ricardo Santana teria tentado fraudar licitação de compra de testes de covid-19 em Mato Grosso durante a pandemia. A informação foi divulgada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) durante o depoimento de Santana nesta quinta-feira (26).

"Essa Comissão Parlamentar de Inquérito tem conhecimento através de mensagens e outros documentos que demonstram que Ricardo Santana participou ativamente da tentativa de fraudar licitação no Mato Grosso destinada à compra de testes contra covid-19 em associação com Francisco Maximiano, Danilo Trento, Marconi Albernaiz e Roberto Dias. Eles até organizaram um passo a passo de como Roberto Dias iria favorecer a Precisa no processo licitatório de Mato Grosso", disse Calheiros já na segunda pergunta ao depoente.

Segundo o senador, que é relator da CPI, as informações foram extraídas do celular de Marconi Albernaiz, e que foi compartilhado pelo Ministério Público com a CPI.

A declaração de Renan coloca mais uma vez o estado de Mato Grosso na rota dos atravessadores e lobistas que procuravam vender vacinas, testes e medicamentos durante a pandemia no Brasil.

Na quarta-feira (25), Renan apresentou um requerimento pedindo a convocação do secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho para depor na CPI. O pedido que deve ser votado nesta quarta-feira (25) tem como fundamento a tentativa da empresa Davati Medical em negociar vacinas com o governo de Mato Grosso neste ano.

"Com efeito, pela troca de mensagens, sobretudo por e-mails, os quais não podem neste expediente ter seu conteúdo revelado por força de sigilo obrigatório, houve claro interesse da empresa Davati, do intermediário Domingueti e do convocado qualificado, para facilitar a aquisição da vacina Covaxin pelo Governo do Mato Grosso", diz trecho do requerimento.

De acordo com mensagens extraídas do celular do atravessador de vacinas, Luiz Paulo Dominghetti, o esquema seria a venda de vacina a U$ 14 por dose. E, U$ 2 seriam de 'Comissão", sendo U$ 1 para o comprador - que no caso seria o governo do Estado, e outro U$ 1 para os atravessadores.

Na época em que as mensagens de Dominguetti vieram à tona, o governo Mauro Mendes (DEM) disse por meio de nota que chegou a receber um e-mail da empresa, porém, as negociações não foram adiante porque o governo solicitou uma carta representação da empresa, fato que não foi apresentado.

A CPI da Pandemia do Senado vem intensificando as investigações envolvendo atravessadores que tentaram vender vacinas para o governo federal. A suspeita é de que o acordo seria de U$ 1 dólar em propina por doses.

Caso se confirme a convocação de Mauro Carvalho, será mais um capítulo de fatos envolvendo o governo do Estado que a CPI apura. A CPI também solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) duas investigações em contratos que o governo do Estado fez durante a pandemia do novo coronavirus.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com o governo de Mato Grosso, por meio da assessoria, que ficou de averiguar a informação divulgada na CPI, nesta manhã.


Fonte: Gazeta Digital

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