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Corregedoria do TJ vai investigar Selma Arruda

Por Redação em 12/08/2021 às 09:21:04

Ex-senadora cassada e juíza aposentada, Selma Arruda, será investigada pela Corregedoria do Tribunal de Justiça por possível favorecimento de servidores cedidos pelo Estado para atuar em seu gabinete sem o controle de pontos. O fato foi descoberto pela força-tarefa da grampolândia pantaneira, da Polícia Civil, que encaminhará o inquérito para a corregedoria da Corte estadual.

Selma Arruda foi ouvida na última terça-feira (10) pela delegada Ana Cristina Feldner, responsável pelas investigações do escândalo.

A magistrada aposentada não soube explicar e justificar porque a Secretaria de Estado de Segurança Pública, sob o comando do ex-secretário Rogers Jarbas, teria cedido duas funcionárias para o seu gabinete. Selma afirma que elas foram cedidas por um convênio junto ao Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira). No entanto, não apresentou nenhum documento que comprovaria a versão.

A descoberta ocorreu durante a análise em um dos celulares apreendidos de Rogers Jarbas na época. consta no relatório da perícia feita no celular de Jarbas, uma conversa com Selma Arruda a respeito de cargos. Selma explica que queria "mexer em um dos cargos".

Jarbas responde com um áudio que não foi recuperado pela perícia da Polícia Civil. Em outro trecho do diálogo entre Selma e Jarbas, a juíza pergunta se teria "algum problema do investigado atestar o ponto de dois cargos que foi cedido pelo investigado, ao invés do Cira". Jarbas diz que não vê problema no pedido.

"Estranho que essas solicitações por parte interlocutora são feitas via conversa pelo aplicativo whatsapp, em horário indicado nas imagens depois das 22h. Em outro trecho da conversa, resta dúvida do por quê a interlocutora pede para o investigado atestar o "ponto" dos "dois cargos'"que, segundo ela, foram cedidos por ele, aparentemente são de pessoas que trabalham com ela", diz trecho do relatório da PC nesta conversa.

Rogers Jarbas é investigado pela Força Tarefa da grampolândia por tentativa de obstrução de justiça. Já Selma Arruda deixou a magistratura em 2018 para concorrer as eleições daquele ano.

Ofício a Pedro Taques

Selma já tinha sido questionada pelo fato de que, na época da grampolândia, ela encaminhou informações solicitadas pelo desembargador Orlando Perri ao então governador Pedro Taques.

Questionada sobre o ocorrido, a juíza aposentada afirma que fez isso por ter entendido que a delegada Alana Cardoso seria ligada ao ex-secretário de Segurança Pública, o promotor de Justiça Mauro Zaque.

E que isso a motivou encaminhar as informações dos processos com pedido de interceptações telefônicas relativas ao governador.

Porém, em nenhuma outra averiguação dentro da Justiça Estadual, documentos são encaminhados ao governador do Estado, mas sim para a Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.


Fonte: Gazeta Digital

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