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BC vê inflação persistente, retomada 'robusta' da atividade e indica nova alta no juro básico

Por Redação em 10/08/2021 às 08:38:29
Avaliações constam na ata da última reunião do Copom. BC indicou novo aumento de um ponto percentual na taxa básica em 22 de setembro e estimou que, ao final do ciclo, a taxa Selic deve ultrapassar 6,5% ao ano. O Comitê de Política Monetária do Banco Central avaliou nesta terça-feira (10) que a inflação ao consumidor continua se revelando "persistente" e que a piora recente dos índices preços contém "componentes inerciais" (tendência natural de continuar subindo) — que poderiam provocar uma piora adicional das expectativas de inflação.

A avaliação consta na ata de sua última reunião, realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia avançou de 4,25% para 5,25% ao ano, em linha com as expectativas do mercado financeiro. A instituição também vê retomada robusta da atividade e indicou nova alta nos juros (veja mais abaixo nessa reportagem).

De acordo com o BC, as últimas informações divulgadas mostram composição mais desfavorável para a inflação. Nos primeiros meses deste ano, a inflação avançou, principalmente, por conta da alta no preço dos alimentos e dos combustíveis.

Mais recentemente, porém, a instituição identificou elevações adicionais decorrentes da bandeira tarifária de energia e de os novos aumentos nos preços de alimentos, ambos decorrentes de "condições climáticas adversas". "Em conjunto, esses fatores acarretam revisão significativa das projeções de curto prazo", acrescentou.

Segundo o Copom, a reabertura do setor de serviços por conta do distanciamento menor da população, em meio ao avanço da vacinação, tem gerado uma percepção de "piora recente em componentes inerciais dos índices de preços" que poderiam pressionar ainda mais a inflação.

Com base nesse cenário, o BC estimou que a inflação ficará em torno de 6,5% para 2021 (acima do teto de 5,25%), 3,5% para 2022 e 3,2% para 2023. A estimativa considera a projeção do mercado para a taxa básica de juros e para o câmbio neste e nos próximos anos.

Retomada robusta da atividade

O Comitê de Política Monetária manteve a avaliação de que o segundo semestre do ano deve mostrar uma "retomada robusta da atividade" na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente.

O Banco Central notou que a mediana das projeções de crescimento, segundo pesquisa realizada como mercado financeiro, está sensivelmente mais otimista do que as do seu cenário básico.

Para este ano, os economistas do mercado financeiro estimam um crescimento em 5,30% para o Produto Interno Bruto (PIB) — que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Nova alta nos juros

Os integrantes do Copom também indicaram uma nova alta de um ponto percentual no juro básico da economia em sua próxima reunião, marcada para 21 e 22 de setembro, e passaram a estimar que, ao final do ciclo total de elevação dos juros, a taxa Selic ficará acima e 6,5% ao ano.

"Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude [de um ponto percentual]. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária", informou.

O BC fixa a taxa básica de juros com base no sistema de metas de inflação. Neste momento, a instituição já está olhando para 2022, cuja meta central é de 3,5% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

Fonte: G1

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