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Governo repudia fala de Medeiros sobre prevenção ao coronavírus

Por Redação em 18/03/2020 às 18:31:00

O governo de Mato Grosso classificou como irresponsáveis as declarações do deputado federal José Medeiros (Pode) acerca de medidas necessárias ao combate do coronavírus. A nota se refere a publicações que o parlamentar fez em sua conta no Twitter e em vídeo que circulou nesta terça-feira (17).

Para o governo, Medeiros demonstra total desconhecimento sobre as medidas de preenção e "age exclusivamente por interesse próprio, em desrespeito aos seus eleitores".

O Executivo destaca que, até o momento, a única forma comprovada e recomendada pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde para evitar a disseminação da doença é conter a aglomeração de pessoas e o convívio social. E, por isso, não é recomendada a realização de uma eleição em pleno período de pandemia do coronavírus.

No Twitter, Medeiros publicou: "Acabo de saber que a eleição para senado em Mato Grosso, foi suspensa. Fechar aeroporto, proibição de vôos e transportes vindos de locais com alto índice de contaminação o governador não teve. Adiar a eleição p beneficiar aliados, tenta desde antes do vírus atravessar atlântico". Horas depois, fez uma publicação com a seguinte declaração: "As aulas em abril estarão rolando normalmente, a eleição q seria 26 de março não pode ocorrer. Nunca foi pela saúde". (Na verdade, o candidato ao Senado quis dizer que a eleição seria realizada em 26 de abril).

Sobre vídeo divulgado nas redes sociais no qual Medeiros tece as mesmas declarações, o governo rebate afirmando que o candidato demonstra "total desconhecimento da realidade do país", tendo em vista que o primeiro caso confirmado da doença no país foi registrada em 26 de fevereiro, na cidade de São Paulo. Na mesma data existiam outros 20 casos suspeitos em análise no país. "No dia do pedido, o Estado de Mato Grosso tinha 6 casos suspeitos sendo acompanhados pela Secretaria de Estado de Saúde. E, atualmente, temos dois casos aguardando a confirmação para positivo e outros 15 casos em acompanhamento", diz trecho da nota.

O Executivo contesta, ainda, a afirmação do deputado de que o governo deveria manter equipes no aeroporto para "testar temperaturas" de pessoas que "descem em Cuiabá" e explica que competência para realizar essa prática é da Anvisa, órgão federal. Neste contexto, sugere que a crítica do parlamentar deveria ser dirigida para o governo federal e não ao Estado. O mesmo no que diz respeito à realização de barreiras nas fronteiras.

Outro ato de Medeiros taxado de "irresponsável" pelo governo de Mauro é afirmar que por Mato Grosso ter temperaturas acima de 40 graus a epidemia aqui seria mais amena. "Não existe nenhuma constatação científica de que a temperatura tem impacto sobre o vírus. Propagar isso é colocar a vida dos mato-grossenses em risco", alerta a nota.

Para o Executivo, Medeiros também "ultrapassa o limite da razoabilidade" ao dizer que o governo utiliza a máquina pública com o objetivo de adiar a eleição. Responde que Estado está vulnerável e medidas foram adotadas para conter a transmissão do vírus, com o único objetivo de resguardar a vida dos mato-grossenses. "O Governo lamenta a postura do deputado que, sem nenhum tipo de embasamento técnico, teórico ou mesmo prático, tece críticas aleatórias e de viés político sem respeitar o momento delicado em que o mundo, o país e o nosso Estado vivem", critica.

O Ministério da Saúde prevê que serão 20 semanas difíceis, e a única forma de controlar a pandemia, como a exemplo de outros países, é com atitudes de prevenção para cuidar, principalmente, dos idosos e grupos de risco. "O momento é de proteção e não de espalhar informações equivocadas, populistas e fake news, que não contribuem em nada no combate ao vírus", segue a nota.

Redução de impostos

Diante do aumento do número de casos da patologia, o parlamentar solicitou ao governador Mauro Mendes (DEM), nesta terça-feira (17), que isente a população de impostos estaduais que incidem sobre a energia elétrica, água e gás no período excepcional de combate a doença.

No ofício encaminhado ao governador, o parlamentar cita a queda de arrecadação de muitas famílias durante o período determinado de maior atenção e crise, onde também os cidadãos verão impactadas suas contas domésticas em virtude do aumento de consumo. O deputado federal estipula um prazo de isenção de 90 dias para o gestor estadual. O pedido ainda não obteve resposta do Executivo.



Fonte: Gazeta Digital

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