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Funcionários do Médicos Sem Fronteiras são assassinados em região de conflito na Etiópia

Por Redação em 25/06/2021 às 18:26:56

Três funcionários da organização internacional Médicos Sem Fronteiras foram assassinados na região de Tigré, na Etiópia, na última quinta-feira, 24. A informação foi confirmada em nota de pesar divulgada pela própria organização nas redes sociais nesta sexta-feira, 25. Segundo o MSF, o grupo contava com uma coordenadora de emergência identificada como Maria Hernadez, natural da Espanha, um assistente de coordenação chamado Yohannes Haleform e um motorista, identificado como Tedros Gebremariam Gebremichael, ambos nascidos na Etiópia. Eles trafegavam pela região de Tigré quando perderam todos os tipos de contato. Equipes foram enviadas para a região na qual eles foram vistos pela última vez para procurá-los e os três corpos foram achados ao lado do veículo usado pelo grupo.


O local no qual os corpos foram encontrados não foi detalhado pela organização. “Nenhuma palavra pode expressar a nossa tristeza, choque e ultraje diante de um ataque tão horrível ou aliviar a perda e o sofrimento sentido pelas famílias e amigos, a quem estendemos nossas mais profundas condolências”, afirma trecho da nota. As mortes ocorrem pouco mais de dois dias depois de um atentado a um mercado na mesma região, que deixou mais de 60 pessoas mortas e dezenas de feridos. Mais de um dia depois do crime, o Exército do país afirmou que as bombas tinham sido jogadas pela Força Nacional e disse que todos os mortos no ataque eram “rebeldes vestidos de civis”. Responsáveis pelos primeiros-socorros das vítimas narraram a agências internacionais que crianças estavam entre os mortos e feridos.

As mortes dos funcionários do MSF gerou comoção internacional. Nas redes sociais, o diretor da Cruz Vermelha, Robert Mardini, afirmou que o caso era “inaceitável” e se considerou “chocado, horrorizado e entristecido pelas trágicas notícias”. Ainda no mês de março, membros do MSF denunciaram internacionalmente a morte de pelo menos quatro civis por parte de soldados do Exército da Etiópia no país. Na ocasião, eles tiveram permissão para sair do local após serem interceptados. O conflito na região de Tigré foi iniciado em novembro de 2020, quando o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, ordenou que tropas fossem enviadas até o local para “desarmar” líderes da Frente de Libertação do Povo do Tigré, justificando que esses “rebeldes” realizavam ataques a instalações federais.

 

Fonte: JP

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