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'Praça dos cachorros' desestressa pets e seus tutores em BH sem aglomeração na pandemia; FOTOS

Por Redação em 20/06/2021 às 06:20:55
Quadra no bairro Caiçara, região Noroeste de Belo Horizonte, virou ponto de encontro dos cães todo domingo, de 7h às 9h. Cães se divertem e brincam juntos na Praça dos Cachorros, no bairro Caiçara, em BH.

Ivo Costa

Uma praça no bairro Caiçara, região Noroeste de Belo Horizonte, virou ponto de encontro dos cães — e de seus tutores. Quem mora perto do espaço, que fica na rua Rosinha Sigaud, já sabe: entre 7h e 9h, a quadra é ocupada pela cachorrada. Todos os domingos, há sempre cerca de 20 cães correndo soltos pelo local, com muito latido e alegria.

Nem a pandemia arrefeceu os ânimos dos frequentadores desse "point" dominical. Mas não há aglomeração: as pessoas vão de máscaras e respeitam o distanciamento, enquanto seus cães brincam mais à vontade.

Cãezinhos brincam à vontade na praça.

Ivo Costa

Tanto que a praça, que tem o nome oficial de Professor José Americano, hoje é mais conhecida por "Praça dos Cachorros". É assim que a bióloga aposentada Ana Lúcia Ferreira Franco, por exemplo, chama lugar, que frequenta há dois anos com seus vira-latas Tonico e Pepeu — este último, com seu uniforme de segurança, é uma espécie de "rei" do lugar. Interage com todos os cães.

A vira-lata Nina e o "rei" da praça, Pepeu.

Ivo Costa

"Lá pelas 9h a gente sai e começam a chegar as mães com as crianças", diz Ana Lúcia, que cumprimenta tutores e cães e faz as apresentações para os novatos: "Este é o Pepeu, este é o Tonico, aquela ali é a Maria... Pode entrar, é todo mundo muito amigo aqui", disse ela à repórter do G1 no último domingo.

As idades e as raças dos "frequentadores" variam muito: há cães idosos, como a labradora Soledade, de 14 anos. E jovens, como o vira-latas Tonico, que não tem nem 2 anos. E há animais de todos os tamanhos: dos pequenos shitsus aos imensos samoiedas.

A labradora idosa Soledade, de 14 anos, em primeiro plano.

Ivo Costa

E não dá briga?

"Às vezes dá uns estranhamentos. Mas a gente sempre conversa antes com o dono, pra ver se o cachorro é tranquilo. Se não for, fica na guia", explica o lanterneiro Sálvio Tristão, tutor do Estopa e do Thor.

Ana Lúcia tem outra explicação para essa harmonia toda na praça: "É a água do amor, todos bebem", conta ela, mostrando a garrafinha que traz todos os domingos e oferece para cada cão que passa por ela.

Pepeu bebendo a "água do amor".

Ivo Costa

Ana Lúcia Ferreira, Pepeu e Tonico.

Ivo Costa

Enquanto os cães aproveitam o espaço e gastam energia, os humanos conversam, mas sempre com uma boa distância e de máscara, por causa da pandemia.

Mesmo durante a pandemia, é possível frequentar a praça, pois as pessoas respeitam distanciamento e vão de máscara.

Ivo Costa

A produtora audiovisual Virgínia Lima e a designer Raquel Pinheiro contam que esse cuidado das pessoas as animou a sair de casa com as cadelas Nina e Miranda, depois de quase um ano em isolamento.

"Mudamos há uns dois meses e aqui nos sentimos seguras pra vir”, explica Virgínia.

Raquel conta que as cadelas começaram a ter problemas de saúde, principalmente por causa do estresse de ficarem sempre em casa. E melhoraram muito depois do remédio: pracinha todo dia.

Virgínia Lima e suas cadelas Nina e Miranda.

Ivo Costa

Passeios evitam que cães adoeçam

A dermatite que os cães de Raquel e Virgínia tiveram é um dos muitos sinais que os animais dão quando estão sem passear. A adestradora Isabela Jardim diz que "a socialização é um processo de extrema importância para o cão, em que ele cria associações positivas com outros cães e pessoas, permitindo dessa forma uma convivência harmoniosa na sociedade de forma geral".

A Praça dos Cachorros, no bairro Caiçara, que fica cheia de cães entre 7h e 9h, todo domingo.

Ivo Costa

Ela diz que dá para começar na garagem do prédio, e depois ir ampliando essas saídas para praças e parques. Os passeios podem começar assim que o filhote tiver tomado as vacinas.

"Cães que não socializam e não saem de casa podem muitas vezes se tornar muito inseguros, podendo ser reativos e morderem pessoas e outros animais por medo”.

Esse era o caso do Iron, um dos frequentadores mais assíduos da praça. Quando atingiu a idade adulta, a família começou a ter problemas. Os tutores Laryce e Wagner Lobo dizem que ele latia e até avançava nas pessoas e que foi preciso procurar ajuda profissional.

"A gente brinca que ele foi para o reformatório. E depois o adestrador nos orientou a continuar o treinamento. Vir aqui pra pracinha é uma dessas orientações. Pra ele interagir e socializar”, diz Laryce.

Laryce e Wagner Lobo, com os cães Iron e Maiden.

Ivo Costa

Salvio Tristão sempre leva os dois cães da mãe para a praça. E é velho conhecido do lugar. "Eu comecei a enturmar com o pessoal dos cachorros tem pouco tempo. Mas frequento essa praça aqui desde criança. Já joguei muito futebol nessa quadra. Mas não era assim legal porque não tinha os cachorros... Isso era quando ela ainda não era a Praça dos Cachorros”, conta.

Salvio Tristão com os cães da praça.

Ivo Costa

Onde levar seu cão para passear em BH

Veja as sugestões da adestradora Isabela Jardim:

Praça Professor José Americano: rua Rosinha Sigaud , entre ruas Atalaia e Guaíra

Praça Rosinha Cadar: Rua Rodrigues Caldas, 315, Santo Agostinho

Parque Orlando de Carvalho Silveira, bairro da Graça

Praça Floriano Peixoto: na avenida do Contorno, Santa Efigênia

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Fonte: G1

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