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'Forças Armadas estão coesas e disciplinadas', diz Braga Netto uma semana após Exército não punir Pazuello

Por Redação em 10/06/2021 às 13:38:53
Exército decidiu arquivar processo disciplinar do ex-ministro da Saúde. General da ativa, Pazuello foi com Bolsonaro a ato político, o que contraria regras da carreira militar. Uma semana após o Exército decidir não punir o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, por participar de um ato político com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, afirmou que sua pasta e as Forças Armadas “estão coesas e disciplinadas na preservação dos mais caros valores nacionais”.

Braga Netto discursou nesta quinta-feira (10) durante cerimônia pelos 22 anos de criação do Ministério da Defesa e de imposição da comenda da Ordem do Mérito da Defesa.

Bolsonaro, ministros, os comandantes das Forças Armadas e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), participaram da solenidade no Clube do Exército, em Brasília.

“A Defesa e as Forças Armadas estão coesas e disciplinadas na preservação dos mais caros valores nacionais, no propósito de atuarem como vetores de estabilidade institucional para garantir a soberania e a manutenção da paz e da liberdade da população brasileira”, disse Braga Netto, que é general da reserva do Exército.

Decisão do Exército de não punir Pazuello por ato com Bolsonaro gera críticas

O Exército e o governo foram criticados pelo desfecho do processo administrativo de Pazuello, que atualmente ocupa um cargo civil vinculado à Presidência da República. Parlamentares e militares viram a decisão de não punir o ex-ministro como uma afronta à disciplina das Forças Armadas, com risco de politização dos quartéis.

General da ativa, Pazuello esteve ao lado de Bolsonaro em um ato político no Rio de Janeiro, o que é vedado pelas regras da carreira militar. Ao analisar o caso, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, acolheu a defesa de Pazuello, que disse não ter ido a um evento político-partidário porque o país não está em período eleitoral e porque Bolsonaro não é filiado a partido político.

No discurso desta quinta, Braga Netto também falou em disciplina ao citar o trabalho das Forças Armadas no combate à pandemia de Covid-19. Ele declarou que os militares colocaram à disposição do Brasil “todas as fortalezas de defesa, tais como cultura da disciplina, planejamento estratégico, capacidade logística, prontidão e mobilização de forças em todo o território nacional”.

Segundo o ministro, esse trabalho se trata de “verdadeiro esforço de guerra” e segue a diretriz de Bolsonaro “com foco em salvar vidas, preservas empregos e empresas e priorizar os mais vulneráveis”.

Condecoração

Durante a solenidade, Bolsonaro entregou ou cumprimentou pessoalmente parte dos agraciados com a Ordem do Mérito da Defesa, que reconhecer pessoas que "prestarem relevantes serviços às Forças Armadas".

Bolsonaro condecorou a própria esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Também receberam a honraria Arthur Lira, Pacheco, ministros do governo e o comandante do Exército, general Paulo Sérgio, responsável pela decisão de não punir Pazuello.

O ato com a lista dos homenageados foi publicado na segunda-feira (7) no 'Diário Oficial da União", assinado por Bolsonaro e Braga Netto.

Em seu discurso na comemoração de aniversário da Defesa, Bolsonaro lembrou que, como deputado federal, votou contra a criação do ministério, que ocorreu em 1999, durante o governo Fernando Henrique.

Bolsonaro elogiou o fato do ex-presidente Michel Temer ter colocado, em 2018, um general à frente da Defesa pela primeira vez (Joaquim Silva e Luna), prática mantida pelo atual presidente.

Fonte: G1

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