Pazuello diz que, quando se referiu a 'pixulé', falava de restos de recursos não aplicados em programas

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse nesta quarta-feira (19) em seu depoimento à CPI da Covid que, em sua saída da pasta, quando se referiu a "pixulé", falava de restos de recursos não aplicados em programas do governo.

Ele disse ainda que usou o termo porque morou "muito tempo no Rio de Janeiro".

"Todo final do ano é normal ter recursos não aplicados em projetos, programas. Você tem saldo não aplicado, chega no final do ano", disse. "São aí recursos não aplicados em vários projetos que são reaplicados por uma demanda ou outra. Este ano não teve. Este ano pegamos todo o saldo não aplicado e fizemos uma única portaria e investimos na Covid", completou Pazuello.

Ao deixar a pasta, em março, ele gravou um vídeo no qual disse: "Ali começou a crise com a liderança política que nós temos hoje […] Aí chegou no final do ano, uma carreata de gente pedindo dinheiro politicamente. Foi outra porrada, porque todos queriam o pixulé".

O tom foi diferente na CPI. Diante das perguntas do relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) sobre a declaração do vídeo, Pazuello disse que: "Isso aí não tem nada de errado. Não falei nada de errado contra nenhuma instituição", afirmou.