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Tocantins tem cidades com falta ou estoques muito baixos de doses da CoronaVac para segunda aplicação


Levantamento feito por Conselho das Secretaria Municipais de Saúde encontrou problemas em mais de 60 municípios. Há cidades em que o imunizante se esgotou e onde a aplicação da dose de reforço está atrasada. Municípios do interior do Tocantins estão com poucas doses da vacina CoronaVac

Raíza Milhomem/Prefeitura de Palmas

Um levantamento realizado pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Tocantins (Cosems-TO) indica que 67 cidades no estado estão com algum tipo de problema para garantir a aplicação da segunda dose (D2) da CoronaVac. Os dados foram divulgados pelo Conselho nesta sexta-feira (7).

A lista inclui tanto cidades em que já há aplicações atrasadas porque o imunizante esgotou como municípios em que ainda não há atraso. Nestes casos, o problema é que os estoques não são suficientes para atender todos que estão com a D2 marcada para os próximos dias. O levantamento não especifica quantas cidades estão em cada uma das duas categorias.

Até o momento, o Tocantins recebeu 275.600 mil doses de CoronaVac. Do total, 272.644 foram distribuídas aos municípios e 2.956 estão guardadas na Gerência Estadual de Imunização em Palmas. O Governo do Tocantins nega que exista risco do estado passar por falta das D2, já que, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, todas as cidades já receberam os imunizantes.

Além da lista de cidades com dificuldades, o Cosems-TO divulgou ainda quantas doses cada cidade solicitou ao governo estadual para ter a situação completamente solucionada.

Veja os municípios em que há falta de doses ou em que as doses são insuficientes:

Itaporã - 17 Doses

Palmeirópolis - 40 doses

Cristalândia - 322 doses

Santa Terezinha - 10 doses

Rio Sono - 190 doses.

Abreulândia- 63 doses

Dueré - 30 doses

Formoso do Araguaia - 200 doses

Filadélfia - 104 doses

Maurilandia - 60 doses

Itacajá - 50 doses

Dois Irmãos - 73 doses

Palmeirante - 120 doses

Arapoema - 222 doses

Luzinopolis - 110 doses

Nazaré - 47 doses

Combinado - 80 doses

Pugmil - 30 doses

Jaú do Tocantins - 30 doses

Divinopolis - 80 doses

Tupirama - 65 doses

Pedro Afonso - 150 doses

Dianópolis - 240 doses

Novo Acordo - 11 doses

Araguanã - 90 doses

Arraias - 50 doses

Barra do Ouro - 40 doses

São Salvador- 8 doses

Ponte Alta do Bom Jesus: 139 doses

Goianorte -30 doses

Carrasco Bonito - 35 doses

Mateiros - 80 doses

Aragominas - 216 doses

Aguiarnópolis 12 doses

Crixás - 42 doses

Barrolândia- 60 doses

Augustinipolis - 30 doses

Santa Fé - 13 doses

Araguacema - 90 doses

Santa Rosa - 80 doses

Pindorama - 12 doses

Babaçulândia - 94 doses

Muricilândia - 155 doses

São Sebastião - 100 doses

Sampaio - 54 doses

Juarina - 30 doses

Ananás - 180 doses

Araguaína - 2.393 doses

Figueirópolis - 105 doses

Piraquê - 40 doses

Santa Rita - 10 doses

Tabocão - 08 doses

Miranorte - 40 doses

Oliveira de Fátima - 10 doses

Porto Nacional - 400 doses

Recursolândia - 70 doses

Pau D'arco - 140 doses

Lizarda - 05 doses

Sucupira - 34 doses

Peixe- 437 doses

Araguatins - 570 doses

Presidente Kenedy - 30doses

Itaguatins - 91 doses

Ponte Alta do Tocantins - 60 doses

Tocantinópolis - 70 doses.

Bernardo Sayão- 12 doses.

Monte Do Carmo - 68 doses

Vacinação no Tocantins

Segundo o Vacinômetro, página que monitora a vacinação, o Tocantins já recebeu 457.160 doses de vacinas contra o coronavírus, 336.939 foram distribuídas aos municípios e 300.385 foram aplicadas. Número que corresponde a 12,20% da população imunizada com pelo menos uma dose.

São 191.916 aplicações referentes à primeira dose e 108.469 da segunda dose da vacina. A última atualização foi feita na manhã desta sexta-feira (7).

Nesta sexta-feira (7) o estado confirmou 723 novos casos de coronavírus, sendo 73 diagnósticos feitos nas últimas 24 horas. A Secretaria Estadual de Saúde também registrou 12 novas mortes por Covid-19 e uma das vítimas tinha apenas 24 anos. Com essas atualizações o estado passou a acumular 163.841 diagnósticos e 2.642 óbitos.

Vaivém de decisões

De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a interrupção é resultado da conduta de seu antecessor no comando da pasta, Eduardo Pazuello. "[O atraso] decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose", afirmou. "Logo que houver entrega da CoronaVac, [o problema] será solucionado."

Antes, os estados estocavam vacinas para garantir que todas as pessoas já imunizadas recebessem a segunda dose. Em fevereiro, no entanto, Pazuello mudou a orientação: determinou que todos os imunizantes fossem aplicados de imediato, sem a preocupação de guardar parte delas.

Foi um vaivém de regras: dias depois, o Ministério da Saúde voltou atrás e disse que os estados deveriam, sim, estocar a CoronaVac para garantir a segunda dose a todos. Em março, mais uma vez, a pasta mudou de opinião e orientou a aplicação de todas as vacinas, sem reservas.

"O ministério fez isso, mas nós somos dependentes da China para os insumos farmacêuticos ativos (IFAs). O erro foi ter feito essa orientação sem ter garantia de que a produção estava iniciada. Contar com IFA que nem saiu da China é uma situação complicada", diz a epidemiologista Ethel Maciel.

Em abril, Queiroga foi ao Senado para dizer que a orientação mudou mais uma vez: desde então, os estados devem armazenar metade do estoque para garantir que o esquema vacinal de duas doses seja cumprido no intervalo correto (28 dias para a CoronaVac/Butantan e 3 meses para a de Oxford/Fiocruz).

Segunda dose deve ser tomada mesmo fora do prazo

Em nota técnica divulgada na terça-feira (27), o Ministério da Saúde orientou a população a tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19 mesmo que a aplicação ocorra depois do prazo recomendado pelos laboratórios.

Segundo o documento, é "improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal". No entanto, a pasta ressalta que os atrasos devem ser evitados, já que "não se pode assegurar a devida proteção do indivíduo até a administração da segunda dose".

Veja mais notícias da região no G1 Tocantins.

G1

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