Diante da pandemia do coronavírus muito tem se falado sobre as consequências econômicas para o Brasil e para as negociações internacionais entre economias de todo o mundo.
O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, explicou ao Jornal da Manhã desta segunda-feira (13) que, na contramão da situação e mesmo com algumas quedas, o Brasil tem apresentando aceleração nas exportações de alguns setores.
Para Troyjo, com uma análise é possível perceber que a pandemia impactou de fato nas importações, causando uma tendência de queda. Entretanto, segundo ele, também é possível perceber que as exportações de produtos alimentares tem aumentado de forma significativa.
"A gente percebe a queda nos viés exportados para os Estados Unidos, para a África se mantém no mesmo nível e na Europa subindo aos poucos. Mas estão subindo bastante as exportações para o sudeste asiático, uma região densamente populacional."
Para a abertura comercial do Brasil, considerando os possíveis cenários após o coronavírus, Marcos afirma que o país mantém, mesmo durante a pandemia, as agendas propostas para a abertura e inserção brasileira no comércio internacional sem nada ser afetado.
Segundo Marcos, a estimativa é que, em geral, a queda nas trocas internacionais seja de ao menos 32%, o que significa um importante obstáculo.
China
A respeito do relacionamento comercial entre Brasil e China, o secretário afirmou que o país é o principal cliente comercial e, por isso, as relações serão mantidas.
"O governo do presidente sempre instrui a fazer relações comerciais com os quatro cantos do mundo, sem viés ideológicos. Então temos que aproveitar, fazer mais negócios com a China e com o sudeste asiático. Mas fazemos isso com atenção. Sempre o que deve presidir nas relações comerciais é o interesse nacional."
Marcos Troyjo foi diagnosticado com coronavírus após participar da comitiva do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos.
JP