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Especialista vê contradição em corte no orçamento do Ministério do Meio Ambiente em 2021

Por Redação em 24/04/2021 às 10:30:22

O coordenador de comunicação do Observatório do Clima, Cláudio Angelo, avaliou neste sábado as metas e projetos apresentados na Cúpula do Clima pelo presidente Jair Bolsonaro e como eles serão realizados com o corte no Orçamento de 2021 do Ministério do Meio Ambiente. Para Angelo, o corte não foi uma surpresa. “Surpresa teria sido se o presidente Bolsonaro tivesse aumentado o orçamento para a área esse ano. Pelo contrário, foi o orçamento mais baixo em duas décadas para o Meio Ambiente e em cima disso ainda teve um corte. Soa bem contraditório, porque 24 horas antes do anúncio, o presidente tinha prometido na Cúpula diante de 40 líderes mundiais que duplicaria a verba para a fiscalização ambiental”, diz o coordenador em entrevista ao Jornal da Manhã. “É o próprio presidente desmentindo a si mesmo”, acrescenta.

Para chegar na meta de diminuição da emissão de gases do efeito estufa em 50% até 2030 prometida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, segundo Angelo, o país terá que acelerar muito a redução de carvão mineral por meio de regulações e incentivos a indústrias de energias limpas e renováveis. “O Estado tem que exercer o seu papel regulador e mostrar para o mercado que agora a "banda toca desse jeito'”, aponta. Sobre a promessa de neutralidade climática feita por Bolsonaro, o coordenador afirma que é preciso ver o que significa na prática. “A gente precisa adotar um compromisso formal com neutralização em 2050 e isso passa por elaborar, conforme as regras do acordo de Paris, um plano de longo prazo de descarbonização, que o Brasil ainda não tem”, diz.

O especialista ainda analisou a efetividade das operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para combater o desmatamento e as queimadas na Amazônia. Segundo ele, a primeira operação chegou atrasada. “A Verde Brasil I em 2019 chegou atrasada na época das queimadas, durou pouco tempo, porém, nesse mês e pouco que os militares ficaram na floresta sob coordenação dos órgãos ambientas, as queimadas tiveram uma cerca queda. No ano passado, foi tudo diferente. A GLO assumiu em maio e, desta vez, o IBAMA e o Instituo Chico Mendes estavam subordinados ao Exército. O que a gente viu foi uma falha completa da operação”, afirma Angelo.

Fonte: JP

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