G1
Média de partidas diárias domésticas é pouco mais que a metade do que era em março de 2020. Levantamento é da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Agentes do Exército realizam desinfecção do terminal 3 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP). Antonio Molina/Estadão ConteúdoAs companhias aéreas brasileiras registraram uma média de 1.258 partidas domésticas diárias no mês de março, o equivalente a 52,4% da média anterior à pandemia do coronavírus. O número voltou a cair com o agravamento da pandemia do coronavírus no país, que acontece desde o início de ano.O levantamento é da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).Associação de aéreas testa 'passaporte contra Covid' para passageiros de voos internacionaisO setor aéreo foi um dos que mais sofreu diante da necessidade de distanciamento social para evitar a propagação da Covid-19. Desde maio do ano passado, com a flexibilização das atividades, o número de voos subiam em uma lenta crescente, até chegar ao auge em janeiro de 2021.Naquele mês, a média diária de voos alcançou 1.798 decolagens, proporcional a 75% da oferta diária do início de março de 2020."O recrudescimento da pandemia já havia impactado a quantidade de voos em fevereiro, quando a média diária recuou para 1.469, o que equivale a 61,2% da malha aérea pré-crise", diz a Abear.Máscaras em aeroportos e aviões: veja 10 perguntas e respostas divulgadas pela AnvisaO Brasil passa pelo pior momento da pandemia do coronavírus, com mais de 282 mil mortes e 11,6 milhões casos confirmados. A média móvel de mortes registra alta de 48% em relação a 14 dias atrás.Além do prejuízo doméstico, o país está no foco do noticiário sobre a Covid desde que atingiu patamares excepcionais de disseminação da doença. No início do mês, diretores da Organização Mundial de Saúde (OMS) cobraram medidas agressivas e disseram que o aumento dos casos de Covid-19 no país pode impactar toda a América Latina."A situação é muito séria, muito preocupante. As medidas de saúde pública que o Brasil deveria adotar deveriam ser agressivas – enquanto, ao mesmo tempo, distribui vacinas. (...) Se o Brasil não for sério, vai continuar a afetar toda a vizinhança lá e além. Não é só sobre o Brasil", disse recentemente Tedros Adhanom, diretor-geral da OMSOMS reafirma que o agravamento da pandemia no Brasil tem consequências mundiais00:00 / 13:08